Somos humanos demais para aceitar o resultado de um ranking
Pesquisa elege os 50 melhores jogadores da Liga dos Campeões e nos convoca a uma deliciosa disputa de argumentos em torno da paixão futebolística
- Data: 31/03/2020 14:03
- Alterado: 31/03/2020 14:03
- Autor: Redação
- Fonte: Betway
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Os números são justos, frios, incontestáveis. Mas sempre capazes de espetar nossa alma humana e nada matemática. Ainda mais no futebol, medido por um placar numérico, porém emoldurado por uma coisa intangível chamada paixão. Tudo isso para dizer que nem sempre um a zero resulta em sentimento de vitória – ou derrota, para quem está do outro lado.
Vamos ao caso do recente ranking publicado pelo site de apostas em futebol Betway Esportes, site de aposta esportiva, que elenca os 50 melhores jogadores da Liga dos Campeões de todos os tempos. Os critérios são claros e objetivos, o que confere justiça ao resultado. O ambiente perfeito para entrarmos de carrinho, com amor e raça, para defendermos nossas humanas e imperfeitas percepções.
A começar pela pergunta: Cadê Ronaldo Fenômeno? Duas vezes campeão mundial pelo Brasil, ele nem aparece na lista. Mas é plenamente justificável, já que sua história de dribles improváveis, gols fantásticos e atuações decisivas não lhe rendeu títulos ou outros frutos na maior liga de futebol do planeta. Um jornal de 1998 estampou a manchete “O melhor até a derrota na final”, referindo-se ao craque que ganhou Bola de Ouro naquela fatídica Copa e, nos dois anos anteriores, foi laureado como o melhor do mundo pela Fifa. E a ironia do destino lhe conferiu mais esse destaque: Ausência relevante na história da Liga dos Campeões da Europa.
O topo do ranking, no entanto, é fiel ao retratar o maior embate de atletas contemporâneos do futebol mundial. Entram na arena cristianenses e messistas, cada qual com seus argumentos para defender a mesma opinião: o cara é um gênio dos gramados. Ambos sem título mundial com suas seleções, Cristiano Ronaldo e Messi vivem a eterna disputa sobre quem é mais que o outro, como se fosse possível definir. Talvez essa concorrência é que tenha feito deles as maiores estrelas clubísticas da era da globalização. Um na caça do outro, holofotes constantes, comparações e tudo perfeitamente provado dentro de campo. Dois monstros que devoram marcas, superam limites humanos e fazem de um simples jogo uma experiência de sensações que ficam encravadas na memória. E o que dizem os números? CR7 como o melhor jogador de todos os tempos da Liga dos Campeões. Messi na cola. E que sigam as manifestações de cada advogado de defesa!
Quando se fala de futebol europeu é impossível ignorar El Classico. Barcelona e Real Madrid são a essência da rivalidade. Os dois lados de uma mesma moeda: opostos, porém um único ente. E, curiosamente, a pesquisa divulgada pelo time de pesquisa da Betway nos apetece com esse páreo espanhol, ao trazer Sergio Ramos e Iniesta, respectivamente, nas terceira e quarta posições do ranking. Aqui, nada de artilharia. De um lado a raça, imposição defensiva e jogadas decisivas e marcantes em favor do time merengue. Do outro, a inteligência esportiva e técnica, a habilidade e alma coletiva de um verdadeiro craque vitorioso na equipe catalã.
Mais uma vez, se aplicarmos nossos critérios sensoriais, fica difícil – senão impossível – definir quem é o melhor. Somos humanos demais para elegermos um campeão. Que os números façam isso. E que esses camaradas resolvam dentro de campo. Porque nós, do lado de cá, vamos sempre vibrar, aplaudir e contestar.