Somos fundamentais para evitar disseminação do coronavírus – FAÇA A SUA PARTE

Proteger-se contra a doença não é bom só para o próprio indivíduo, mas também para evitar a progressão do vírus

  • Data: 13/03/2020 08:03
  • Alterado: 13/03/2020 08:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Somos fundamentais para evitar disseminação do coronavírus – FAÇA A SUA PARTE

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Diante da falta de remédio específico e de vacina para combater o novo coronavírus – além do risco de se sobrecarregar o sistema de saúde -, o esforço de cada indivíduo, em particular, e da comunidade, como um todo, passa a ser fundamental para conter a dispersão da covid-19. A mensagem que médicos e autoridades de saúde têm reforçado diariamente é que a população tem de fazer sua parte.

E o que isso significa? O princípio básico é não apenas se proteger, mas também evitar que outras pessoas possam se contaminar, principalmente as mais vulneráveis.

Isso porque muitos casos da doença são leves ou até assintomáticos, de modo que é possível acabar transmitindo sem nem perceber. Um jovem com sintoma leve, que ache que só tem um resfriado, pode acabar contaminando um idoso mais fragilizado. O problema é que a covid-19 em pessoas com mais de 80 apresenta uma taxa de letalidade de mais de 20%.

As medidas mais básicas vêm sendo ditas à exaustão, mas não custa repetir: lavar as mãos constantemente, tossir ou espirrar tampando o rosto com a parte interna do cotovelo, evitar beijos e abraços e aglomerações. Mas, sempre que possível, o ideal é mesmo promover o distanciamento social.

A recomendação é cancelar reuniões, congressos, eventos que não sejam imprescindíveis. Evitar ambientes fechados e cheios, como cinemas, teatros e até mesmo os locais de trabalho, fazendo home office. E ficar muito atento ao próprio corpo. Quem tiver sintomas leves e puder, tem de ficar em casa.

Em vários países que já apresentam uma epidemia mais consistente, o início do problema foi rastreado a situações de aglomeração, como um culto religioso na cidade de Daegu, na Coreia do Sul, e uma conferência de uma multinacional na cidade de Cambridge, nos Estados Unidos.

 “De um modo geral, quantas vezes as pessoas correm para o hospital quando ficam com uma gripe? Quase nunca, né? E muitas vezes ainda vão trabalhar. Agora têm de ficar em casa. Cada pessoa que tiver manifestação clínica tem responsabilidade de não propagar a doença, de não colocar ninguém em risco”, afirma Rivaldo Cunha, coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz e professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.

A situação muda, claro, se a pessoa apresentar um quadro mais sério, como dificuldade de respiração, febre muito alta. Mas do contrário é melhor não ir para os hospitais.

Especialistas em modelagem matemática de epidemias indicam que quando a população adere às medidas de contenção de uma doença, a curva de novos casos pode sofrer um “achatamento”. O princípio é que a dispersão do vírus em uma população que foi pega de surpresa é diferente do que ocorre quando todo mundo age a fim de evitar a doença – seguindo as recomendações das autoridades de saúde, o quadro pode mudar. A Organização Mundial da Saúde tem citado como exemplo positivo o caso da Coreia do Sul, que, apesar de ter chegado a cerca de 8 mil casos, conseguiu estabilizar a expansão da doença com medidas de contenção. A população aderiu às medidas de cuidados e controle.

Vacina da gripe

Isso vale até ao se precaver contra outras doenças que podem confundir o sistema, como a gripe comum. Por isso é importante que todo mundo tome a vacina contra a doença quando ela estiver disponível. Com isso, não só será mais fácil distinguir pessoas com coronavírus como vai evitar que pessoas contaminadas com gripe também necessitem de atendimento médico.

Veja medidas para se proteger contra o coronavírus

Lavar as mãos e cobrir nariz e boca ao tossir e espirrar são medidas que ajudam a evitar a propagação do novo coronavírus, o Covid-19. Infectologistas ouvidos pelo Estado recomendaram ainda que a população não entre em pânico (para 80% dos pacientes, a doença não vai evoluir para quadros graves) e que, em caso de doenças respiratórias, só busque atendimento médico se sintomas como febre, tosse e coriza persistirem. Sobre a compra de máscaras, eles afirmaram que o uso deve ser feito por pessoas que estão com infecções virais.

Viajei para o exterior. O que faço?

Pessoas que viajaram para os países que estão na lista de vigilância do Ministério da Saúde, mesmo que não apresentem sintomas, devem tentar reduzir eventos sociais após retornar ao Brasil. A lista engloba Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Itália, Japão, Malásia, Vietnã, Cingapura, Tailândia, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes.

“Se a pessoa chegou da Itália ou de outras regiões, é importante que ela faça uma auto quarentena, que diminua a possibilidade de contatos sociais. Quem tem de usar a máscara? Quando a gente vê a população usando a máscara, como ocorre na cultura asiática, a maioria é de pessoas com sintomas respiratórios e que utilizam para reduzir a possibilidade de contágio. Quem tem de usar a máscara é a pessoa que está com sintomas e elimina o vírus. As pessoas devem se manter afastadas pelo menos um metro de quem está tossindo ou espirrando, que é a distância que as gotículas podem atingir.”

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  • Data: 13/03/2020 08:03
  • Alterado:13/03/2020 08:03
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  • Fonte: Estadão Conteúdo









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