Sobe para 24 o número de municípios em emergência por dengue em SP

De 1º a 15 de janeiro foram confirmados 9.765 casos de dengue no estado

  • Data: 16/01/2025 16:01
  • Alterado: 16/01/2025 16:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Patrícia Pasquini (FOLHAPRESS)
Sobe para 24 o número de municípios em emergência por dengue em SP

Crédito:Governo de SP

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Subiu para 24 o número de municípios com decreto ativo de situação de emergência por dengue no estado de São Paulo -no último sábado (11), eram 21.

São eles: Amparo, Araçatuba, Dirce Reis, Estrela D’Oeste, Glicério, Guarani D’Oeste, Igaratá, Indiaporã, Jacareí, Marinópolis, Mendonça, Mira Estrela, Ouroeste, Paraibuna, Populina, Potirendaba, Ribeira, Rubineia, São Francisco, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Tambaú, Tanabi e Votuporanga. A informação é da Secretaria Estadual da Saúde.

Segundo a pasta, de 1º a 15 de janeiro foram confirmados 9.765 casos de dengue no estado. Desses, 23 evoluíram para a forma grave. Outros 24.247 casos estão em investigação.

A primeira morte por dengue em 2025 no estado ocorreu no dia 8 em Birigui (507 km de São Paulo), de acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde.

Nesta semana, o Governo de São Paulo apresentou o Plano de Contingência das Arboviroses Urbanas 2025/2026.

O documento contém as principais estratégias, ações e recomendações de combate à dengue, chikungunya e zika. A ideia é integrar todos os setores de todas as regiões do estado na prevenção, controle e vigilância.

VACINA CONTRA A DENGUE

A vacina contra a dengue é oferecida na rede pública para crianças e adolescente com idade entre 10 e 14 anos. No último dia 7, o estado de São Paulo recebeu 185.266 doses da Qdenga, vacina da farmacêutica Takeda.

Das 24 cidades em emergência no estado, 9 são contempladas com a vacina contra a dengue —Araçatuba, Glicério, Igaratá, Jacareí, Paraibuna, Tanabi, Potirendaba, São José do Rio Preto e São José dos Campos.

A imunização ocorre em 391 dos 645 municípios paulistas, de acordo com os critérios definidos pelo governo federal -cidades com mais de 100 mil habitantes, regiões com alta transmissão da doença e incidência do sorotipo 2 do vírus.

O Ministério da Saúde tem dito que a principal estratégia de prevenção é o combate ao mosquisto Aedes aegypti, transmissor da dengue e de outras arboviroses, e não a vacinação. A fabricante Takeda afirma que seu laboratório tem capacidade limitada de produção, o que impacta na oferta de vacina.

Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, disse à Folha de S.Paulo que houve uma expansão dos municípios brasileiros recomendados para a vacinação contra a dengue. O esquema vacinal começou com 521. Atualmente, cerca de 2.000 cidades têm a recomendação.

A ampliação, segundo Gatti, ocorrerá de acordo com a disponibilidade de doses da Qdenga fornecida pela farmacêutica Takeda, que produz o imunizante.

“O desafio imposto pela capacidade produtiva do fornecedor é grande. Sabemos que a dengue é um grande problema de saúde pública. Por mais que a gente sinta a necessidade de ter mais vacina, a gente trabalha com a capacidade produtiva do único fornecedor. No ano passado, foram 6,5 milhões de doses e este ano será 9,5 milhões. Ao longo de 2025, vamos ampliar a vacinação no número de municípios”, afirma o gestor.

“O Ministério vai continuar recomendando a mesma faixa etária, de 10 a 14 anos. A ampliação não pode ser uma decisão unilateral do Ministério da Saúde. Ano passado nós trabalhamos com uma relação que foi pactuada com a representação dos estados e dos municípios e neste ano vamos renovar essa pactuação”, diz Gatti.

Em breve, o Ministério da Saúde se reunirá com estados e municípios para discutirem a expansão da vacinação. A ideia é que todos possam disponibilizar o imunizante, de forma gradativa e de acordo com a disponibilidade de doses. Ele garantiu que nenhuma cidade perderá a recomendação.

“É sempre bom estimular as pessoas do público-alvo a se vacinarem. A vacinação é importante. Quem tomou a primeira dose, deve tomar a segunda para ser imunizado”, finaliza Gatti.

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  • Data: 16/01/2025 04:01
  • Alterado:16/01/2025 16:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Patrícia Pasquini (FOLHAPRESS)









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