SMDHC registra 24 mil atendimentos a mulheres vítimas de violência em 2020
No ano que ficou marcado pela COVID-19 e os impactos causados pela pandemia no mundo e no Brasil, a violência contra a mulher também gerou preocupação com a triste repercussão de numerosos casos de feminicídio. Em 2020, apenas na cidade de São Paulo um total de 24.113 mulheres foram atendidas nos 12 equipamentos que compõem […]
- Data: 11/01/2021 11:01
- Alterado: 11/01/2021 11:01
- Autor: Redação
- Fonte: Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania
Crédito:Depositphotos
No ano que ficou marcado pela COVID-19 e os impactos causados pela pandemia no mundo e no Brasil, a violência contra a mulher também gerou preocupação com a triste repercussão de numerosos casos de feminicídio. Em 2020, apenas na cidade de São Paulo um total de 24.113 mulheres foram atendidas nos 12 equipamentos que compõem a rede de proteção a mulheres vítimas de violência da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. Os dados do ano passado foram totalizados nesta sexta-feira pelo corpo técnico da pasta.
Em março, ainda antes da pandemia do coronavírus, 2.886 mulheres procuraram os serviços. Já no período mais rígido da quarentena, em abril e maio, houve queda acentuada, de 65% nos atendimentos, para 1003 em abril e 1000 no mês de maio. Em junho houve uma ligeira recuperação na procura pelos serviços com 1420 atendimentos, representando elevação de 41% em relação aos meses anteriores, mas ainda muito abaixo dos patamares anteriores. A curva voltou ao patamar de mais de 2000 atendimentos em julho onde se manteve subindo gradualmente até novembro, o pico do ano passado com 2890 atendimentos.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública no primeiro semestre do ano passado, 648 mulheres foram assassinadas no país, um aumento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2019.
Analisando estes dados, a SMDHC implementou ações para reforçar o suporte às mulheres vítimas de violência doméstica, com a ampliação dos canais de denúncia pelo Disque 156, com a concessão do auxílio hospedagem e por fim, com a inauguração do Posto Avançado de Apoio à Mulher na estação Santa Cecília, da linha 3 Vermelha do Metrô.
São ao todo 13 serviços da SMDHC em pleno funcionamento: os quatro Centros de Referência, os cinco Centros de Cidadania da Mulher (das 10h às 16h), a Casa da Mulher Brasileira (24 horas por dia, inclusive sábados e domingos) que possui alojamento provisório, as Casas de Abrigo e de Acolhimento Provisório que possuem 20 vagas cada, e o Posto Avançado no Metrô Santa Cecília, inaugurado no último mês de dezembro (abre das 8h às 19h de segunda a sexta, exceto feriados). A unidade móvel conhecida como Ônibus Lilás, não circulou durante o período de pandemia, mas deve retornar as atividades assim que a cidade deixar a situação de emergência.
A mulher vítima de violência, seja psicológica, física, moral ou que tenha sofrido qualquer outro tipo de agressão, é atendida no local por uma equipe especializada composta por assistente social e psicóloga que faz uma escuta qualificada, a orientação e possível encaminhamento a um dos equipamentos da rede de proteção à violência contra a mulher.
Para a secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Claudia Carletto, os números do ano recém encerrado só reforçam a necessidade de seguirmos com ações ainda mais efetivas para que as mulheres busquem por ajuda. “É importante que as mulheres saibam a estrutura que elas têm à disposição pela cidade de São Paulo, e onde ela pode procurar ajuda para quebrar o ciclo de violência. Elas precisam saber que não estão sozinhas”. Claudia afirma ainda que em 2021 a secretaria permanece focada na conscientização sobre o machismo estrutural, uma das raízes do problema, e atenta às oportunidades de ampliação da oferta de serviços.
O Posto Avançado fica na área central da estação Santa Cecília, bem diante das catracas de acesso e conta com uma sala que oferece a privacidade necessária para os atendimentos. A parceria entre o Metrô e a Prefeitura foi firmada no dia 25/11, data em que se celebra o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher. Neste mesmo dia, as duas instituições aderiram também à Campanha Sinal Vermelho, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A campanha incentiva as mulheres abusadas ou agredidas a mostrar um sinal de X, na cor vermelha, riscado na palma da mão, para pedir ajuda.
Confira a rede de atendimento da SMDHC:
Casa da Mulher Brasileira (todos os dias, 24 horas)
Rua Vieira Ravasco, 26 – Cambuci
11 3275-8000
Posto Avançado de Apoio à Mulher (segunda a sexta-feira, das 8h às 19h)
Estação Santa Cecília do Metrô (Linha 3 Vermelha)
CRMs e CCMs – Segunda a sexta-feira, das 10h às 16h.
CRM 25 de Março (CENTRO)
Rua Líbero Badaró, 137, 4º andar – Centro
(11) 3106-1100
Casa Brasilândia (NORTE)
Rua Sílvio Bueno Peruche, 538 – Brasilândia
(11) 3983-4294
CCM Perus (NORTE)
Rua Joaquim Antônio Arruda, 74
(11) 3917-5955
CCM Itaquera (LESTE)
Rua Ibiajara, 495 – Itaquera
(11) 2073-4863
Casa Eliane de Grammont (SUL)
Rua Dr. Bacelar, 20 – Vila Clementino
(11) 5549-9339
CRM Maria de Lourdes Rodrigues (SUL)
Rua Luiz Fonseca Galvão, 145 – Capão Redondo
(11) 5524-4782
CCM Parelheiros (SUL)
Rua Terezinha do Prado Oliveira, 119
(11) 5921-3665
CCM Santo Amaro (SUL)
Praça Salim Farah Maluf, s/n
(11) 5521-6626
CCM Capela do Socorro (SUL)
Rua Professor Oscar Barreto Filho, 350 – Grajaú
(11) 5927-3102