Síndrome do ombro congelado provoca dores e limita o movimento
Doença atinge prioritariamente mulheres a partir dos 40 anos e pode levar meses para a recuperação dos movimentos
- Data: 18/07/2024 10:07
- Alterado: 18/07/2024 10:07
- Autor: Redação
- Fonte: Cleber Furlan
Fisioterapia
Crédito:Divulgação
Tudo começa com uma dor no ombro, uma pequena dificuldade de se movimentar, mas o problema avança e a pessoa chega a perder a capacidade de mover o braço, sofrendo com dores intensas, dificuldade para dormir e até incapacidade para o trabalho. A Síndrome do Ombro Congelado, também conhecida como capsulite adesiva, atinge prioritariamente mulheres dos 40 aos 60 anos e pode levar até dois anos de tratamento para obter a recuperação total dos movimentos.
A doença é caracterizada por uma rigidez no ombro que limita progressivamente os movimentos. Fica complicado levantar o braço, colocar a mão para trás ou até mesmo na nuca. Essa condição ocorre quando a cápsula do ombro fica inflamada e enrijecida. É comum que o quadro cause dores não só no ombro em si, mas também nas articulações do cotovelo e do pulso, uma vez que os movimentos, para poupar o ombro, são feitos de maneira incorreta.
De acordo com o médico ortopedista Cleber Furlan, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), as causas exatas ainda são desconhecidas, mas fatores como lesões no ombro, diabetes, doenças cardíacas e a imobilização prolongada do ombro podem aumentar o risco de adquirir a síndrome.
“Os principais sintomas incluem dor constante no local, principalmente no período noturno, e uma progressiva perda de mobilidade. Movimentos simples como vestir-se ou pentear o cabelo podem se tornar difíceis e dolorosos”, explica o especialista.
O diagnóstico é feito através de uma avaliação clínica pelo médico ortopedista, que analisa o histórico de saúde e realiza exames físicos. Em alguns casos, exames de imagem como raio-x e ressonância magnética podem ser necessários.
O tratamento inclui sessões de fisioterapia, exercícios de alongamento e até medicamentos anti-inflamatórios. Em casos mais graves, injeções de corticosteroides ou até mesmo cirurgias podem ser necessárias.