Síndrome de Down: Como construir autonomia em pessoas T21
Popularmente conhecida como síndrome de Down, a modificação genética não impede uma vida profissional e social comum
- Data: 17/11/2023 12:11
- Alterado: 17/11/2023 12:11
- Autor: Redação
- Fonte: Patrícia Stankowich
Patrícia Stankowich
Crédito:Divulgação
A síndrome de Down, também conhecida como trissomia do cromossomo 21 (T21), é uma condição genética que afeta uma em cada 700 pessoas nascidas no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde. Essa condição ocorre no momento da concepção, resultando na presença de três cromossomos 21 em todas ou na maioria das células de um indivíduo.
Segundo Patrícia Stankowich, psicanalista, psicóloga e especialista na clínica de crianças com comprometimentos no desenvolvimento e deficiência, destaca a importância de abordar a construção da autonomia em crianças com T21 desde cedo. Em suas palavras, com todas as questões relacionadas a ter um filho com essa condição genética, a independência dessa criança vem enraizada na simbiose que há com a mãe e em como esse processo delicado acontece desde a descoberta do diagnóstico.
Stankowich ressalta a necessidade crucial de apoio emocional e acompanhamento para as mães desde que foi realizado o diagnóstico. “É preciso aceitar que esse filho é capaz, que ele vai conseguir estar em uma escola de ensino regular, que vai desenvolver laços e vínculos sociais, vai poder se relacionar afetiva e sexualmente com alguém e ainda vai conseguir ter uma vida com uma certa independência, além de estar inserido no mercado de trabalho”, pontua a especialista.
A relação entre mãe e filho com T21 é delicada, requerendo compreensão e aceitação do processo de luto pela idealização anterior ao nascimento. A falta de acolhimento destinado à família pode resultar em uma dependência prejudicial à criança. Conforme ressalta a especialista, é extremamente importante trabalhar essa relação de maneira sensível e proativa.
Embora as características físicas de um indivíduo com T21 possam variar, desde formato do rosto arredondado até a “prega única na mão”, a intervenção precoce, começando desde o nascimento, também desempenha um papel fundamental na melhoria das condições, especialmente no que diz respeito à autonomia.
Patrícia Stankowich é uma psicóloga multifacetada, circense de nascença, graduada em Filosofia pela UFOP, graduada em Psicologia pelo CESMAC, possui especializações em Psicologia Jurídica e mestrado em Psicologia da Saúde. Como facilitadora em capacitações nas áreas da Saúde e Educação, ela é uma voz autoritária na promoção da inclusão, com atendimento clínico a adultos e especialização na clínica de crianças com comprometimentos no desenvolvimento e deficiência.