Silvio Almeida pede justiça após ser acusado de assédio sexual

Ex-ministro se defende das acusações, declara querer justiça e planeja retomar suas atividades públicas.

  • Data: 16/02/2025 11:02
  • Alterado: 16/02/2025 11:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: FOLHAPRESS
Silvio Almeida pede justiça após ser acusado de assédio sexual

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida

Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, fez uma declaração contundente em suas redes sociais neste sábado (15), abordando as graves acusações de assédio sexual que resultaram em sua saída do governo Lula (PT) em setembro do ano anterior.

Na postagem em sua conta no Instagram, Almeida expressou sua indignação e afirmou: “Eu estou vivo, continuo indignado e não quero compaixão nem ‘segunda chance’. Eu quero justiça“. Suas palavras refletem um desejo claro de se defender e buscar a verdade em meio a um turbilhão de controvérsias.

O ex-ministro ressaltou que houve uma tentativa deliberada de deslegitimar sua trajetória pessoal e profissional, afirmando que tentaram transformá-lo em um “monstro“. Ele declarou: “Queriam me apagar. Apagar o professor respeitado e tantas vezes homenageado pelos alunos. O advogado diligente. O companheiro, o amigo, o pai“. Com isso, Almeida se posiciona contra o que considera um ataque à sua reputação.

As denúncias contra Almeida foram formalmente apresentadas à organização Me Too Brasil, onde diversas vítimas relataram incidentes de assédio ocorridos ao longo de 2023. Como resultado dessas alegações, dois inquéritos foram instaurados: um pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e outro no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Polícia Federal (PF). Atualmente, os detalhes da investigação estão sob segredo de Justiça, com o ministro André Mendonça atuando como relator.

Entre as vítimas citadas está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que corroborou as alegações durante um depoimento à PF em outubro passado. Em seu relato, ela descreveu “abordagens inadequadas” por parte de Almeida, que teriam iniciado no final de 2022 durante o processo de transição do governo Lula.

Por sua vez, Almeida nega veementemente as acusações, classificando-as como “ilações absurdas” destinadas a prejudicá-lo e a ofuscar suas lutas e conquistas passadas. Ele já havia declarado anteriormente que tais alegações visavam bloquear seu futuro.

Em sua recente manifestação nas redes sociais, Almeida também anunciou planos para retomar suas atividades públicas. Ele mencionou o retorno de seu canal no YouTube e a publicação de uma nova edição revisada e ampliada de sua obra principal, intitulada “Racismo Estrutural“, além do lançamento de mais quatro livros. “Eu vou continuar escrevendo. Eu vou continuar falando. Eu vou continuar acreditando que esse país tem jeito. Eu vou continuar acreditando no povo brasileiro,” concluiu.

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  • Data: 16/02/2025 11:02
  • Alterado:16/02/2025 11:02
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