Shakhtar doará parte da venda de Mudryk ao Chelsea para ajudar soldados na guerra
Presidente do clube ucraniano, Rinat Ahmetov, disse que doará 1 bilhão de hryvnias (cerca de R$ 140 milhões), como parte do projeto recém-lançado "Heart of Azovstal"
- Data: 16/01/2023 14:01
- Alterado: 16/01/2023 14:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
O Shakhtar Donetsk informou, nesta segunda-feira, que parte do dinheiro relativo à venda do jovem atacante Mudryk ao Chelsea será usado para ajudar soldados e seus familiares na guerra da Ucrânia. O presidente do clube ucraniano, Rinat Ahmetov, disse que doará 1 bilhão de hryvnias (cerca de R$ 140 milhões), como parte do projeto recém-lançado “Heart of Azovstal” (Coração de Azovstal).
“É graças a eles (soldados), seu sacrifício e coragem em combater o inimigo nos primeiros meses da guerra que todos sentimos a inevitabilidade da vitória da Ucrânia hoje”, disse. “(O valor) Será direcionado a diferentes necessidades, desde tratamento, assistência psicológica, próteses até a implementação de solicitações direcionadas. Estamos em dívida eterna com nossos soldados”, diz o comunicado no site do Shakhtar.
Os efeitos da guerra afetaram gravemente as finanças dos clubes da Ucrânia. Os times também precisaram contornar a saída dos seus principais jogadores, que deixaram o país em busca de segurança.
Na última sexta-feira, o Shakhtar e mais oito clubes da Rússia não conseguiram emplacar recurso contra a Fifa na Corte Arbitral do Esporte (CAS). O tribunal rejeitou apelo que buscava reverter as regras impostas pela entidade mundial quanto às transferências de jogadores e treinadores em decorrência da invasão russa na Ucrânia, em fevereiro do ano passado.
Na ocasião, a Fifa decidiu facilitar a suspensão de contratos dos jogadores e treinadores com os times da Ucrânia e da Rússia. Os campeonatos disputados nos dois países foram afetados pela guerra, gerando insegurança entre os atletas. Muitos atletas preferiram aproveitar as regras da Fifa para romper seus vínculos de forma unilateral. O Shakhtar pedia indenização de 50 milhões de euros (cerca de R$ 277 milhões) junto à Fifa como compensação.