Setor automotivo: os desafios de uma indústria que precisa acelerar a jornada digital
Especialistas propõem uma parceria colaborativa em todo o setor que dimensione as soluções de forma econômica e sustentável
- Data: 17/02/2022 15:02
- Alterado: 17/02/2022 15:02
- Autor: Redação
- Fonte: Rockwell Automation
Crédito:Reprodução
Recentemente, na Automation Fair, evento de tendências tecnológicas no âmbito industrial que a Rockwell Automation organiza anualmente, e que está disponível sob demanda, ocorreu o Fórum do Setor Automotivo e de Pneus, em que os protagonistas do setor debateram sobre o momento em que se encontram e as oportunidades de digitalização disponíveis.
A Rockwell Automation adquiriu no ano passado a Kalypso, uma empresa de entrega de software que também oferece consultoria especializada para a evolução digital de empresas industriais. Seu diretor global de Indústria e Alta Tecnologia, Chad Markle, acha que o primeiro passo para uma transformação digital é o recurso humano. Além de um líder que guie a mudança, “as empresas precisam de uma equipe treinada para promover essa mudança”.
Courtney Cannon, gerente sênior de Estratégia Digital do fabricante de pneus Bridgestone Americas, reconheceu certa falta de vontade no setor para explorar novas tecnologias e acha que existe um receio corporativo de deixar que os fornecedores de equipamentos tenham influência na inovação interna. “Alocar recursos para entender como aproveitar a nova tecnologia é o melhor que podemos fazer nesse momento”, diz.
Por outro lado, Dennis Hodges, diretor de Informação da Inteva Products, fornecedor global de componentes e sistemas de engenharia para a indústria automotiva, afirma que sua empresa está disposta a assumir os riscos em matéria de avanço digital ou novos equipamentos. “Devemos evitar as soluções paliativas para manter equipamentos que já estão na fábrica há 40 anos”, afirma.
Na indústria automotiva, ainda podemos ver velhos padrões baseados no negócio antigo do powertrain, que se interpõe no caminho da transformação digital, indica Udo Panenka, presidente de Automação Industrial da ATS Industrial Automation.
Entretanto, são os novos atores que trazem uma abertura diferente ao setor. Por exemplo, se a indústria quer aproveitar ferramentas tais como o gêmeo digital de uma linha de montagem de produtos, “ela não poderá utilizá-las se forem aplicadas do zero para cada OEM (fabricante de máquinas)”, explica Panenka, agregando que é necessário trabalhar mais com a modulação e a padronização.
As mudanças associadas ao setor automotivo precisam escalar rapidamente para satisfazer as demandas. E exatamente para isso está a tecnologia. Panenka dá o exemplo do crescimento na demanda de baterias e células de combustível. Dado que a empresa não pode construir fábricas suficientemente rápidas, é preciso pensar de outra maneira.
“Como reduzimos os prazos de entrega nas novas linhas de produtos de dois anos para seis meses? Isso só é possível com a tecnologia. Aproveitar mais os nossos ativos potenciados digitalmente nos ajuda dando um impulso na direção certa”, agregou.