Serviço de Atendimento Domiciliar em Diadema apoia família no cuidado ao paciente

Equipes avaliam estrutura para que a pessoa possa continuar o tratamento fora do hospital e oferecem suporte aos cuidadores; manter o convívio familiar e retomar parte da autonomia são benéficos para o processo de recuperação

  • Data: 16/02/2024 13:02
  • Alterado: 16/02/2024 13:02
  • Autor: Redalçao
  • Fonte: PMD
Serviço de Atendimento Domiciliar em Diadema apoia família no cuidado ao paciente

Serviço de Atendimento Domiciliar

Crédito:Pedro Roque Andrade

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Depois de meses longe de casa, o morador de Diadema Daniel Teixeira da Silva voltou a sentir o aconchego do lar e o cheiro da comida caseira, tão saudosas para o caminhoneiro. No entanto, a ausência do ambiente familiar, situação rotineira na profissão, não foi por uma viagem e sim devido a uma longa hospitalização após um acidente vascular cerebral (AVC), em março de 2023. “Fiquei em coma quase quatro meses”, lembra. Para superar o desafio de voltar para casa e reaprender coisas simples como levantar da cama ele contou com o apoio do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) de Diadema. 

Daniel Teixeira da Silva/Pedro Roque Andrade

“Cheguei acamado e, hoje, já fico sentado. Estou aqui me recuperando. O que eles fizeram para mim, no início, foi maravilhoso. Cada um tem um dom de fazer as coisas, de cuidar ou passar um remédio”, afirma Daniel, que atualmente conta com acompanhamento de fisioterapia, enfermagem, psicologia e nutrição do SAD. O serviço é voltado ao acompanhamento de pacientes fora do ambiente hospitalar e que ainda não conseguem chegar ao serviço ambulatorial. 

A fisioterapeuta Fabrícia Santos de Souza explica como foi esse processo. “Quando um paciente sai de uma internação prolongada, com muitas sequelas, vai precisar de cuidado e demandar mudança na rotina”, cita. “A equipe atende esse paciente pensando em trazer essa autonomia de volta e orientar essa família sobre como cuidar. Por isso, trabalhamos em conjunto com o cuidador. Nesse caso específico, o objetivo era o de melhorar o quadro geral do paciente, questão motora, funcionalidade e força, para que ele tivesse mais autonomia, voltasse a sentar e andar”, esclarece. 

Fisioterapeuta Fabrícia Santos de Souza/Pedro Roque Andrade

A enfermeira e coordenadora do SAD, Jaqueline Hein, explica que o serviço foi idealizado para otimizar o sistema de urgência e emergência. “O objetivo é que aqueles pacientes que estão internados e estáveis o suficiente para ficar em casa sejam desospitalizados o mais precocemente possível”, detalha. “Então, são atendidas pessoas que saíram recentemente do hospital, com potencial de reabilitação, mas que ainda não conseguem frequentar o centro de reabilitação e também aqueles pacientes que, no hospital, não vão se beneficiar de uma internação muito longa”. 

Enfermeira e coordenadora do SAD, Jaqueline Hein/Pedro Roque Andrade

“Mesmo que ela não seja para uma reabilitação completa. Temos casos de reabilitações menores, em que o paciente só se livra da sonda (alimentar) e já é uma grande comemoração, pois a pessoa voltar a engolir, comer a comida de casa. São pequenos progressos que a gente comemora e para o paciente faz uma diferença muito grande na qualidade de vida”, ressalta Jaqueline. 

E o morador agradece: “Desejo sempre o bem e quero que eles continuem nessa caminhada, porque são dedicados naquilo que faz. Principalmente para meu sobrinho, que ajudou a cuidar de mim nesse período. É uma área da saúde muito importante e precisa valorizar mais. A equipe é treinada para isso e faz com carinho”, finaliza Daniel. 

A enfermeira alerta que hospitalizações de longo prazo aumentam o risco de exposição a fungos e bactérias multiresistentes, infecções, além de perda de convívio familiar. “Em casa, a pessoa pode sentir o cheirinho da comida, ter o controle remoto na mão, dormir em sua cama. Essas pequenas situações e o estímulo à autonomia melhoram essa recuperação”, complementa Jaqueline. 

A coordenadora relata que principal característica do serviço é identificar a pessoa que vai cuidar do doente e fortalecê-la para que ela se sinta segura do que está fazendo. “Estamos aqui para que essa família seja assistida e apoiada porque exige a parte física – pois os pacientes são dependentes funcionalmente – e a questão psicológica – porque quem está cuidando também precisa de cuidado”, ressalta. 

Como funciona

O Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) conta com três equipes: duas Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD), compostas por médico, enfermeiro, fisioterapeuta e técnicos de enfermagem, e uma Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP), que é a equipe de apoio, composta por nutricionista, fonoaudiólogo e psicólogo. 

O hospital ou a UBS aciona o setor sobre a necessidade de avaliação do paciente. A equipe então verifica a estrutura para que essa pessoa fique em segurança e tenha as condições necessárias para recuperação em casa. Mais informações sobre o SAD podem ser obtidas junto à Equipe Saúde da Família (ESF) ou com o serviço social do hospital. 

Desde a criação do serviço, em setembro de 2022, já foram avaliados mais de 340 pacientes. Atualmente, são acompanhados 85 pessoas, mas a capacidade é para atendimento de 120 pacientes. “Esse número vai oscilando porque, em alguns meses, temos altas de pessoas que se recuperaram e entrada de outros pacientes”, explica Jaqueline. 

Em geral, são atendidas pessoas que tiveram muitas internações, precisam de algum procedimento em casa, como manejo de sonda, manejo de dor e que precisam ser medicados e reavaliados com maior freqüência ou aqueles com potencial de recuperação, mas que ainda não conseguem ir a um centro de reabilitação. A maioria dos casos está relacionada a acidentes vasculares, como é o caso do motorista de caminhão Daniel.

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  • Data: 16/02/2024 01:02
  • Alterado:16/02/2024 13:02
  • Autor: Redalçao
  • Fonte: PMD









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