Seleções: Final feminina dos Jogos de Londres será reprisada nesta quarta-feira
Brasileiras venceram, de virada, as norte-americanas na decisão por 3 sets a 1, em 2012. SporTV 2 reprisará o duelo, às 22h15
- Data: 22/04/2020 13:04
- Alterado: 22/04/2020 13:04
- Autor: Redação
- Fonte: CBV
Sheilla
Crédito:Divulgação/FIVB
Uma das conquistas mais marcantes do voleibol brasileiro será reprisada nesta quarta-feira (22.04). O SporTV 2 mostrará às 22h15 a decisão feminina dos Jogos de Londres entre Brasil e Estados Unidos. O time verde e amarelo ficou com o bicampeonato da competição ao vencer as norte-americanas na final, de virada, por 3 sets a 1 (11/25, 25/17, 25/20 e 25/17), no em 1h40 de jogo, no Earls Court, em Londres.
O duelo consagrou uma geração e transformou o treinador José Roberto Guimarães no primeiro tricampeão olímpico da história do esporte brasileiro. A oposta Sheilla, as ponteiras Jaqueline e Paula Pequeno, as centrais Thaisa e Fabiana e a líbero Fabi se sagraram bicampeãs.
O duelo selou uma campanha histórica, marcada pela superação. Na primeira fase, duas derrotas, para Estados Unidos e Coreia do Sul, deixaram a equipe perto da eliminação. Ironicamente foi um resultado positivo dos Estados Unidos sobre a Turquia por 3 sets a 0, na derradeira rodada, que garantiu o Brasil nas quartas de final. Na sequência, um duelo épico contra a Rússia. As brasileiras salvaram seis match points no quinto set para garantir um lugar na semifinal, vencida contra o Japão por 3 sets a 0.
A ponteira Jaqueline brilhou na grande final e terminou a decisão como a maior pontuadora entre as brasileiras, com 18 pontos. Ao relembrar o momento, a atacante destaca a reação do time verde e amarelo nos Jogos de Londres.
“Fico muito feliz de ter feito parte daquela conquista. Depois de não termos começado bem a competição, aquela final foi histórica. A cena da conquista é algo memorável e nunca vou esquecer o que vivemos em Londres. Os Estados Unidos tinham uma grande equipe, praticamente imbatível naquele ciclo e viramos o jogo de uma maneira espetacular. Só tenho a agradecer as jogadoras e a comissão técnica por toda motivação que conseguimos para vencer daquela forma”, disse Jaqueline.
A líbero Fabi ressalta a volta por cima das brasileiras na campanha do título.
“É sempre muito especial relembrar Londres. Foi a conquista da superação. Se pudéssemos dividir os Jogos em duas semanas, na primeira quase fomos eliminadas. Na final, o primeiro set foi muito ruim e lembro que conversamos bastante na virada de quadra. Foi um misto de palavras de incentivo e de acreditar. A partir daquele momento o jogo virou completamente”, afirmou Fabi, que ainda chamou a atenção para atuação da ponteira Jaqueline.
“A Jaque jogou demais e foi uma jogadora surpresa. Ela sempre foi fundamental para o volume de jogo e teve um papel determinante também no ataque. O time todo jogou muito bem. Conseguimos controlar a Hooker. Foi uma final inesquecível”, afirmou Fabi.
A oposta Sheilla destacou a oportunidade de assistir novamente um dos grandes momentos da sua carreira.
“Essa partida resume muito bem o que foram os Jogos para o nosso time. No primeiro set nada deu certo e depois mostramos nossa força. Ganhar a segunda medalha de ouro foi algo fantástico. Só tenho recordações boas e vai ser muito legal assistir essa partida novamente”, ressaltou Sheilla.
O treinador José Roberto Guimarães analisou a atuação das brasileiras na final contra os Estados Unidos.
“Sabíamos que os Estados Unidos eram os favoritos. Só que sabíamos, também, que, se fossemos para a final, tudo poderia acontecer. Nos anos que antecederam os Jogos, perdendo ou ganhando, procuramos monitorar o time americano em seus pontos fortes e fracos. Fizemos um jogo muito bom na decisão, com exceção do primeiro set. Depois, a ansiedade diminuiu e começamos a nos concentrar nas coisas boas que poderíamos fazer, conseguimos virar as bolas, defendemos e bloqueamos mais que as americanas. Foi uma vitória merecida”, finalizou José Roberto Guimarães.
CAMPANHA DO BRASIL EM LONDRES
1ª FASE
Brasil 3 x 2 Turquia
Brasil 1 x 3 Estados Unidos
Brasil 0 x 3 Coréia do Sul
Brasil 3 x 2 China
Brasil 3 x 0 Sérvia
QUARTAS DE FINAL
Brasil 3 x 2 Rússia
SEMIFINAL
Brasil 3 x 0 Japão
FINAL
Brasil 3 x 1 Estados Unidos
EQUIPE BRASILEIRA EM LONDRES
# 1 FABIANA MARCELINO CLAUDINO (FABIANA)
Meio de rede – 1,93m – 76 kg – 24/01/85 – Naturalidade: Belo Horizonte (MG)
# 3 DANIELLE RODRIGUES LINS (DANI LINS)
Levantadora – 68 kg – 1,81m – 05/01/85 – Naturalidade: Recife (PE)
#4 PAULA RENATA MARQUES PEQUENO (PAULA PEQUENO)
Ponta – 1,84m – 74 kg – 22/01/82 – Naturalidade: Brasília (DF)
# 5 ADENÍZIA APARECIDA DA SILVA (ADENÍZIA)
Meio de rede – 1,86m – 64 kg – 18/12/86 – Naturalidade: Ibiaí (MG)
# 6 THAÍSA DAHER DE MENEZES (THAÍSA)
Meio de rede – 1,96m – 79 kg – 15/05/87 – Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
# 8 JAQUELINE MARIA PEREIRA DE CARVALHO (JAQUELINE)
Ponta – 1,86m – 70 kg – 31/12/83 – Naturalidade: Recife (PE)
# 9 FERNANDA FERREIRA (FERNANDINHA)
Levantadora – 1,72m – 66 kg – 10/01/1980 – Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
# 11 TANDARA ALVES CAIXETA (TANDARA)
Oposto – 1,84m – 85 kg – 30/10/1988 – Naturalidade: Brasília (DF)
# 12 – NATÁLIA ZÍLIO PEREIRA (NATÁLIA)
Oposto/ponta – 1,83m – 76 kg – 04/04/1989 – Naturalidade: Ponta Grossa (PR)
# 13 SHEILLA TAVARES CASTRO (SHEILLA)
Oposto – 1,85m – 64 kg – 01/07/83 – Naturalidade: Belo Horizonte (MG)
# 14 FABIANA ALVIM DE OLIVEIRA (FABI)
Líbero – 1,69m – 59 kg – 07/03/80 – Naturalidade: Rio de Janeiro (RJ)
# 16 FERNANDA RODRIGUES GARAY (FERNANDA)
Ponta – 1,79m – 74 kg – 10/05/86 – Naturalidade: Porto Alegre (RS)
COMISSÃO TÉCNICA
Chefe da delegação: Leonardo Moraes
Técnico: José Roberto Guimarães
Auxiliares: Paulo Coco e Cláudio Pinheiro
Preparador físico: José Elias Proença
Médico: Júlio Nardelli
Fisioterapeuta: Alexandre Lopes Ramos
Estatístico: Marco Antonio Di Bonifácio
CLASSIFICAÇÃO FINAL:
1 – Brasil
2 – Estados Unidos
3 – Japão
4 – Coréia do Sul
5 – China
6 – República Dominicana
7 – Itália
8 – Rússia
9 – Grã Bretanha
10 – Turquia
11 – Argélia
12 – Sérvia
O Banco do Brasil é o patrocinador oficial do voleibol brasileiro