São Caetano recebe CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos

A apresentação acontece dia 24 de agosto, sábado, às 19h, com ingressos gratuitos

  • Data: 16/08/2024 15:08
  • Alterado: 16/08/2024 15:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
São Caetano recebe CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos

CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos

Crédito:Rick Barneschi

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A Companhia de Teatro Heliópolis encerra em São Caetano do Sul a circulação por cidades paulistas do espetáculo CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos, premiada montagem com encenação de Miguel Rocha e texto de Dione Carlos. A apresentação acontece no Teatro Municipal Santos Dumont no dia 24 de agosto, sábado, às 19h, com ingressos gratuitos e interpretação em Libras.

Em 2022, CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos ganhou o Prêmio APCA (Dramaturgia; indicado também em Direção), Prêmio SHELL de Teatro (Dramaturgia e Música; indicado em Direção), VI Prêmio Leda Maria Martins (Ancestralidade) e foi relacionado entre os Melhores Espetáculos do Ano pela Folha de S.Paulo.

A montagem aborda a forte presença feminina no contexto do cárcere. O enredo parte da história das irmãs Maria dos Prazeres e Maria das Dores, cujas vidas são marcadas pelo encarceramento dos homens da família: primeiro, o pai; depois, o companheiro de uma; agora, o filho da outra. Dentro do presídio, o jovem Gabriel – que sonha em ser desenhista – aprende estratégias de sobrevivência para lidar com as disputas internas de poder e a falta de perspectivas inerente ao sistema carcerário. Naquele microcosmo a violência dita as regras e não poupa os considerados fracos ou rebeldes. Fora dali, em suas comunidades, as mulheres – mães, filhas, afilhadas – buscam alternativas para tentar romper os ciclos de opressão que as aprisionam em existências sem futuro.

A história das irmãs é um disparador no enredo de CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos para expor o quanto é difícil se desvincular da complexa estrutura do encarceramento. Enquanto a mãe enfrenta o sistema jurídico na tentativa de libertar o filho preso injustamente, lutando pela subsistência da família e do filho, sua irmã é refém do ex-companheiro a quem deve garantir suporte no presídio, sem direito a uma nova vida conjugal. Presas a um histórico circular, elas lutam para quebrar o ciclo em um percurso espinhoso. O espetáculo mostra que os saberes ancestrais resistiram à barbárie e atravessaram os séculos nos corpos, nas vozes e nas crenças das/dos africanas/nos que, escravizados/as, fizeram a travessia do Atlântico. Iansã, Rainha Oyá, a deusa guerreira dos ventos, das tempestades e do fogo não abandonou o seu povo. Ela permanece iluminando caminhos e inspirando fabulações para que seus filhos e filhas experimentem, por fim, a liberdade.

As apresentações e oficinas integram o projeto CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos – Circulação, contemplado pela Lei Paulo Gustavo SP – Edital Nº 20/2023 – Difusão, que inclui 18 cidades do estado de São Paulo: Suzano, Paia Grande, Araraquara, Jacareí, Itatiba, Mauá, São José dos Campos, São Bernardo do Campo, Cerquilho, Tatuí, Campinas, Mogi das Cruzes, Sorocaba, Taubaté, Vinhedo, Limeira, Votorantim e São Caetano do Sul.

Espetáculo: CÁRCERE ou Porque as Mulheres Viram Búfalos

Dia 24 de agosto – Sábado, às 19h

Sessão com intérprete de Libras.

Ingressos: Gratuitos – 1h antes na bilheteria do teatro.

Duração: 120 min. Classificação: 12 anos. Gênero: Experimental.

FB – @companhiadeteatro.heliopolis e IG – @ciadeteatroheliopolis

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Crédito:TIGGAZ
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Crédito:Weslei Barba

  • Data: 16/08/2024 03:08
  • Alterado:16/08/2024 15:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria









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