São Caetano premia vencedores do concurso Compartilhando Cidadania

A Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida de São Caetano do Sul premiou os vencedores do concurso literário Compartilhando Cidadania, nesta segunda-feira (26/8), no Plenário dos Autonomistas, no prédio da Câmara Municipal. Os 29 munícipes com deficiência inscritos foram agraciados com a medalha de Honra ao Mérito Denize Perrella Momezzo e os seis primeiros colocados receberam premiação em dinheiro.

 “Esse evento é um marco para a cidade”, resumiu o secretário de Comunicação Social sancaetanense, Fernando Scarmelloti, que representou o prefeito Paulo Pinheiro na premiação. “Nossa administração está empenhada para tornar São Caetano cada vez mais acessível e inclusiva. Sabemos que em oito meses ainda não conseguimos atingir algumas metas, mas nosso trabalho não para”, completou.

Thiago Tortorello, secretário das Pessoas com Deficiência, explicou os critérios de avaliação dos textos, que tinham o tema Nossa cidade mais inclusiva: “inovação e criatividade, coerência e conjunto da obra, compreensão da proposta e, por fim, língua portuguesa e ortografia”. “Avaliamos as ideias passadas nos textos. Podemos afirmar que a democracia regeu o concurso, pois a população expressou seus anseios e, a partir daí, poderemos extrair sugestões e soluções para tratar da acessibilidade em nosso município”, observou Thiago.

PREMIAÇÃO – Os autores das seis melhores redações receberam, além da medalha, premiações que variaram de R$ 500 a R$ 3.000. Priscila Branca Neves foi a grande vencedora da noite, seguida por José Ivamar Dantas Filho (2º lugar), Silvana Peca Tomazelli (3º), André Luiz Lacerda (4º), Kelly Rejane Rodrigues (5º) e Marcos Mendes de Oliveira (6º).

 “Estou surpresa. Não esperava ocupar o primeiro lugar”, confessou Priscila. “Atitudes simples podem transformar a cidade e essa foi a proposta do meu texto. Tenho o sonho de ver as pessoas agindo com mais cidadania, educação e pensando no próximo”, disse. “Se cada um fizer a sua parte, teremos um mundo mais humano”, completou a autora da obra vencedora. Para Priscila, a responsabilidade de tornar as vias acessíveis não é apenas dos órgãos públicos, mas, também, da sociedade como um todo. “Se as pessoas tiverem a consciência de não estacionar carros em calçadas e nas vagas especiais, já seria um avanço. Um veículo mal estacionado pode se tornar um obstáculo perigoso para aqueles que têm deficiência ou mobilidade reduzida, já que pode barrar o acesso de um cadeirante ou dificultar o trânsito de um deficiente visual”, exemplificou.

HOMENAGEM – Denize Perrella Momezzo, que deu nome às medalhas entregues aos participantes, trabalhou como professora em escolas da cidade como a Fundação Anne Sullivan e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), e morreu em 19 de abril de 2013. “Agradeço e parabenizo a todos os envolvidos na organização do evento e por lembrarem de minha mãe, afinal, foram mais de 30 anos dedicados à educação especial aqui em São Caetano”, discursou Roberta Momezzo, filha da homenageada.