Sabesp trabalhará junto à UNFCCC para aumentar resiliência hídrica no mundo
Acordo terá duração de três anos e prevê desenvolvimento de projetos e parceria única durante as conferências para o clima e, em especial, COP29 e COP30
- Data: 21/06/2024 07:06
- Alterado: 21/06/2024 07:06
- Autor: Redação
- Fonte: Sabesp
Diretor-presidente da Sabesp, André Salcedo, entrevista Youssef Nassef, diretor de Adaptação Climática da UNFCCC
Crédito:Reprodução
A Sabesp assinou contrato de parceria com a UNFCCC (na sigla em inglês para Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) com objetivo de desenvolver atividades e projetos que sirvam de modelo para outros países e que fomentem a agenda internacional de adaptação climática. A Companhia é a única empresa da América Latina a assinar este tipo de acordo e passa a fazer parte de um seleto grupo de cinco grandes empresas (veja no link: https://unfccc.int/about-us/partnerships/unfccc-partners/private-sector) também parceiras da instituição.
A parceria foi construída com base nas decisões acordadas pelos países membros nas últimas COPs, que apontam para necessidade de aumentar as ações e o apoio à adaptação climática a fim de, entre outros, reduzir significativamente a escassez de água e aumentar a resiliência hídrica. O acordo é um reconhecimento ao trabalho já desenvolvido pela Sabesp na adaptação para gestão da água e de resíduos, gestão e recuperação de mananciais, governança e adaptação urbana a catástrofes, energias renováveis, entre outros.
“Esta parceria é oportuna, dado o novo consenso de que a água, o saneamento e as infraestruturas resilientes ao clima são essenciais para uma adaptação bem-sucedida, e o reconhecimento crescente de que o setor privado é fundamental para alcançar a adaptação transformacional. A experiência da Sabesp poderá contribuir para a conscientização sobre o papel das empresas na resposta às mudanças climáticas”, afirma Youssef Nassef, diretor de Adaptação Climática da UNFCCC.
O acordo tem duração de três anos e visa também uma preparação de temas ligados à realidade brasileira para a COP30, que acontecerá em Belém, no Brasil, além de garantir a participação estratégica da Sabesp, como já ocorreu na COP28 e irá na COP29 e na COP30. Para a Sabesp, este acordo representa mais do que a presença estratégica e a participação nos principais debates mundiais sobre tema, mas a garantia de um trabalho estreito e duradouro de colaboração em conjunto com o Secretariado das Nações Unidas com as agendas de adaptação e resiliência climáticas.
“Esta parceria permitirá uma troca de conhecimentos intensa entre nós da Sabesp, que já experimentamos e atravessamos algumas crises hídricas, evoluímos e aprendemos muito com elas, com representantes da ONU e de outros países para juntos traçarmos processos e projetos para enfrentar o que está por vir. A água está no centro das discussões climáticas e sua gestão sustentável como garantia de acesso é um dos maiores desafios que a população mundial já enfrenta hoje em dia. Investir em infraestrutura que também privilegie a economia circular e o reaproveitamento dos recursos é o principal desafio e solução para os problemas que ainda estão por vir”, explica o diretor-presidente da Sabesp, André Salcedo.
Para a parceria, a Sabesp trabalhará em conjunto com a iniciativa Resilience Frontiers (ou Fronteiras da Resiliência), pertencente à Divisão de Adaptação Climática da UNFCCC. Vale considerar que, dentre os 17 objetivos globais da ONU que são parte da Agenda 2030, as ações da Sabesp impactam diretamente em pelo menos 11 deles, como água e saneamento, energia renovável, ação climática, mas também no combate à pobreza, saúde e educação, como resultado dos impactos positivos ambientais e sociais, de forma consistente, de suas atividades.
“Desde meados de 2023, quando iniciamos o redesenho da estratégia corporativa da Sabesp com foco específico nas ações de sustentabilidade, representar o Brasil como única empresa parceira da UNFCCC na COP28 e nas COPs subsequentes é um grande reconhecimento de que estamos no caminho certo. Queremos servir de exemplo e incentivo para que outras empresas e entidades no Brasil e no exterior busquem medidas efetivas para o cumprimento dos acordos e dos compromissos necessários ao combate às alterações do clima e do meio ambiente, especialmente no cuidado com a água enquanto recurso essencial para a vida. Esta é uma das causas coletivas que buscamos fortalecer com o nosso negócio”, acrescenta Virginia Ribeiro, superintendente de Sustentabilidade e Governança Corporativa da Sabesp.
Entre os exemplos que será possível apresentar ao mundo está a transformação das Estações de Tratamento de Esgoto em Estações de Reciclagem da Vida, através da redução dos resíduos devolvidos à natureza. Atualmente, a Sabesp já utiliza o lodo das estações de tratamento para a produção de biogás e fertilizantes, como no caso da produção de biogás na ETE de Franca, que é utilizado para abastecer toda sua frota local, e no caso da transformação diária de 25 toneladas de lodo em fertilizante orgânico na ETE Lageado, em Botucatu, por meio da iniciativa Sabesfértil. No campo do reúso, a Sabesp investe no abastecimento do Polo Petroquímico de Capuava com 30 mil metros cúbicos por dia, com água reciclada produzido pela iniciativa Aquapolo, a partir do tratamento de efluentes realizado na ETE ABC.
Sobre Resilience Frontiers
A iniciativa Resilience Frontiers da ONU pertence à Divisão de Adaptação Climática da UNFCCC e promove um processo de inteligência coletiva (que coleta informações, as processa e desenvolve) para criar caminhos ambiciosos rumo à resiliência de longo prazo, que responde às profundas transformações sociais impulsionadas pelas tecnologias emergentes e novos desafios. Essas novas tendências ajudarão a buscar os meios de maximizar a resiliência e a capacidade de adaptação às alterações climáticas dos indivíduos, das comunidades, das sociedades, das economias e do ecossistema mundial para além de 2030. A premissa é que, pós-2030, o mundo será fundamentalmente diferente do que vivemos hoje e, por isso, devemos nos preparar para influenciar a mudanças positivas. O objetivo da iniciativa é gerar novas visões, bem como soluções inovadoras para criar um ambiente propício e ideal para caminhos ambiciosos rumo à resiliência transformadora e regenerativa na próxima década.