Roberto Jefferson paga conserto de R$ 39 mil por ter fuzilado carro da PF
O ex-deputado federal disparou contra o veículo e agentes da PF ao receber ordem de prisão em sua casa, no ano de 2022
- Data: 23/07/2024 18:07
- Alterado: 23/07/2024 18:07
- Autor: Redação
- Fonte: Aguirre Talento e Mateus Coutinho/UOL/Folhapress
Ex-deputado Roberto Jefferson
Crédito:Reprodução
O ex-deputado federal Roberto Jefferson (sem partido) pagou R$ 39,5 mil para consertar a viatura da Polícia Federal contra a qual ele disparou 42 vezes em 2022, quando agentes da corporação cumpriram uma ordem de prisão contra o político no Rio de Janeiro.
O ex-deputado foi intimado pela Justiça a bancar o valor do conserto, após a PF encaminhar um laudo pericial que aponta 42 disparos de Jefferson no veículo: 25 no teto, 14 no para-brisa, dois na lateral e um no capô.
Foi necessário, ainda, trocar as luzes (giroflex), o forro do teto e do para-brisa, além de fazer nova pintura e lanternagem e reparar ar-condicionado e no motor.
A defesa do ex-congressista não questionou os valores. Ele quitou a Guia de Recolhimento da União no valor do conserto em 9 de julho, como consta o comprovante de pagamento apresentado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Jefferson disparou contra o veículo e agentes da PF ao receber ordem de prisão em sua casa, em Comendador Levy Gasparian (RJ). O episódio ocorreu em outubro de 2022, uma semana antes do segundo turno das eleições presidenciais.
Ele era um dos aliados de Jair Bolsonaro (PL), que tentou se afastar do ex-congressista após o imbróglio. A campanha do então mandatário, entretanto, ficou na defensiva após o episódio.
O pedido de prisão à época foi motivado por descumprimento de ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O ex-deputado estava em prisão domiciliar e proibido de utilizar as redes sociais, mas publicou vídeo com ofensas à ministra Cármen Lúcia, também do Supremo. Moraes, então, determinou que ele voltasse à reclusão.
Jefferson continua em prisão preventiva desde então. O último pedido de soltura apresentado por sua defesa foi protocolado no STF em 21 de julho e ainda não foi analisado por Moraes, responsável pelo processo envolvendo o ex-deputado.