RJ: Nove cidades não têm coleta seletiva de lixo

Entre os municípios que admitiram a falta desse serviço estão São Gonçalo e Duque de Caxias

  • Data: 16/01/2025 12:01
  • Alterado: 16/01/2025 12:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: G1
RJ: Nove cidades não têm coleta seletiva de lixo

Caminhão da Coleta Seletiva da Comlurb

Crédito:Reprodução - Comlurb

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No contexto da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, um estudo recente revelou que nove das dezessete cidades que a compõem não dispõem de um serviço de coleta seletiva de lixo. Entre os municípios que admitiram a falta desse serviço estão São Gonçalo e Duque de Caxias, que ocupam a segunda e a terceira posições em termos populacionais no estado.

Mesmo com a capital oferecendo a coleta seletiva, apenas 0,5% dos resíduos recicláveis gerados são efetivamente reciclados.

As cidades que não contam com serviços adequados de coleta seletiva incluem: São Gonçalo, Duque de Caxias, Itaboraí, Magé, Maricá, Itaguaí, Paracambi, São João de Meriti e Belford Roxo.

Por outro lado, os municípios que realizam a separação dos materiais recicláveis são: Rio de Janeiro, Niterói, Queimados, Guapimirim, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu e Japeri. Contudo, vale ressaltar que nem todos esses locais oferecem o serviço porta a porta; em pelo menos três deles, os cidadãos precisam entrar em contato com a prefeitura para se cadastrar e solicitar a coleta.

A questão da falta de coleta seletiva não é apenas uma preocupação ambiental; também traz implicações econômicas significativas. Vicente Loureiro, arquiteto e urbanista renomado na área de sustentabilidade urbana, apontou que a ineficiência na separação dos resíduos pode resultar em desperdícios que chegam a aproximadamente R$ 1 bilhão por ano. Segundo Loureiro, “Esse valor poderia equivaler ao orçamento anual das prefeituras de São João de Meriti ou Belford Roxo, considerando todos os impactos financeiros associados à falta de reciclagem”.

Além do impacto econômico, a ausência da coleta seletiva implica em sérios riscos ambientais e sociais. De acordo com Tião Santos, presidente do Instituto Movimento Nacional Eu Sou Catador, a implementação deste serviço não só contribui para o meio ambiente como também gera emprego e renda. “A coleta seletiva deve ser encarada como uma responsabilidade municipal e não apenas como um favor aos catadores”, ressaltou Santos.

As respostas das prefeituras abordadas pela reportagem variaram: Nova Iguaçu informou que não houve atendimento devido a um ponto facultativo no município; Nilópolis não retornou ao contato; já São Gonçalo indicou que os cidadãos podem levar seus materiais recicláveis até ecopontos. Em relação às cidades sem serviços estabelecidos, as prefeituras de Duque de Caxias e Magé afirmaram ter projetos em desenvolvimento para iniciar coletas seletivas. Itaboraí, Maricá, Itaguaí e São João de Meriti estão estudando possibilidades para implementar esses serviços.

A prefeitura de Belford Roxo não se manifestou sobre planos futuros relacionados à coleta seletiva.

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  • Data: 16/01/2025 12:01
  • Alterado:16/01/2025 12:01
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