Regiões de Marília e Registro passam a ter medidas mais restritivas de quarentena em SP

Comitê de Saúde vai emitir nota técnica para as cidades de Campinas e Sorocaba, que estariam com mais sobrecarga no sistema de saúde, mas regiões permanecem na fase laranja

  • Data: 19/06/2020 14:06
  • Alterado: 19/06/2020 14:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Regiões de Marília e Registro passam a ter medidas mais restritivas de quarentena em SP

Marília e Registro que estavam na fase laranja de reabertura da economia

Crédito:Agência Brasil

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Com o avanço do novo coronavírus no interior, duas regiões paulistas que estavam com reabertura parcial da economia, foram reclassificadas e terão de voltar para a fase mais restritiva da quarentena, a vermelha, que só permite o funcionamento de serviços essenciais. São elas: Marília, que teve 51% aumento de internações, e Registro, que apresentou um aumento de 67% nesse item. Com a adoção da restrição, essas duas regiões se juntam a outras três do interior do Estado que já estão na fase vermelha: Barretos, Presidente Prudente e Ribeirão Preto. A medida começa a valer a partir de segunda-feira, 22. A quarentena é válida em todo o Estado até o dia 28 de junho.

De acordo com o governo, as cidades de Campinas e Sorocaba registram um problema específico, somente nas cidades, e não na região como um todo. Com isso, elas continuam na fase laranja, que permite a reabertura de comércios de forma parcial, mas será emitida uma nota técnica somente para as duas cidades e, caso entendam que seja necessário, os prefeitos podem determinar medidas mais restritivas. “Essas duas cidades estão entrando em uma zona mais perigosa. O comitê está fazendo essa nota técnica sugerindo que esses prefeitos possam fechar esses municípios neste instante”, afirmou Carlos Carvalho, chefe do Centro de Contigência Contra a Covid-19.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, a taxa de ocupação de leitos em Campinas é de 72% e de 75% em Sorocaba.

O Estadão mostrou que a situação já é de sobrecarga no sistema de saúde em Campinas e Sorocaba. Alguns hospitais que são referência no tratamento da doença estão lotados, são obrigados a recusar novas internações e prefeitos já cogitam transferir pacientes para a capital.

“Sempre que necessário tomaremos medidas mais duras se assim for a referência do comitê de saúde e avançaremos se o comitê assim referendar. Nenhuma decisão é tomada por impulso político ou por pressão empresarial, econômica ou política. Hoje, infelizmente, temos regressão. Devido à intensificação da epidemia em áreas do interior, temos a reclassificação em duas regiões.

Dados apresentados pelo governo do Estado nesta semana já mostravam que o interior responde por quase um terço dos casos confirmados e por quase 20% das mortes.

Não houve mudanças de fases em outras regiões do Estado. Até este momento, o Estado tem apenas regiões em fase vermelha e laranja.

O Plano São Paulo classificou as regiões administrativas do Estado com base em cinco critérios: a taxa de ocupação dos leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), a quantidade de leitos de UTI por 100 mil habitantes, a variação do número de casos, a variação do número de internações e a variação do número de mortes. Quanto melhores nesses níveis, mais relaxado é o isolamento.

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  • Data: 19/06/2020 02:06
  • Alterado:19/06/2020 14:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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