Prova de Fórmula E movimentou R$ 300 milhões na economia da cidade de SP
A disputa de carros elétricos foi realizada no circuito de rua do Anhembi e pista do sambódromo
- Data: 27/03/2023 08:03
- Alterado: 27/03/2023 08:03
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
FORMULA E JULIUS BAER E-PRIX
Crédito:PAULO GUERETA / SECOM
A Prefeitura de São Paulo termina a Semana de Sustentabilidade com a primeira corrida de Fórmula E realizada no Brasil, no Sambódromo do Anhembi. A prova foi acompanhada por um público de 23 mil pessoas. A etapa brasileira movimentou R$ 300 milhões na economia da cidade, além de gerar 6 mil postos de trabalho.
O prefeito Ricardo Nunes comemorou os resultados obtidos com a corrida. “Além dos empregos e da movimentação financeira, temos a exposição positiva da nossa capital para 190 países. São Paulo tem se destacado para ser uma das cidades com os maiores eventos mundiais”, disse o prefeito. “Conversamos com a organização da Fórmula E e todo o trabalho feito pela prefeitura, em termos de qualidade de pista e acomodações de público, foi elogiado, o que é importante para a administração pública”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes.
O campeonato, que utiliza carros parecidos aos da Fórmula 1, mas 100% elétricos, foi criado em 2014. São Paulo foi a sexta etapa da nona temporada do mundial.
A Prefeitura investiu R$ 38 milhões para realização da corrida. O acordo com a Fórmula E não envolveu repasse de verbas, mas a preparação do circuito não permanente. Foram realizados serviços de adequações geométricas no viário e instalação de sistema de proteção com barreiras de concreto, grades e telas para delimitação da pista.
“Temos um contrato de 5 anos com a Fórmula E”, revelou o prefeito. “Fizemos investimento na infraestrutura, que será diluído nos próximos anos. O sucesso que tivemos de público e da participação, a exposição positiva da cidade para o mundo e da qualidade da pista elogiada pelos pilotos, nos leva a repetir evento”, finalizou o prefeito Ricardo Nunes.
Legado
O traçado do chamado E-Prix em São Paulo foi aprovado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a Prefeitura, por meio da São Paulo Turismo. A Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSU) fez as intervenções de adaptação do pavimento já existente na av. Olavo Fontoura. Ao todo, são 35 mil m² de área, composta pela soma da avenida com o Sambódromo, que também entrou no circuito, e onde da arquibancada a população pode torcer e acompanhar.
A escolha da avenida levou em consideração a localização privilegiada. A pavimentação foi escolhida para garantir maior tração e aderência aos veículos elétricos. Como o aproveitamento de circuitos de rua dos grandes centros faz parte da cultura da FIA para a categoria, a equipe de engenharia da SMSUB fez pequenas adaptações, elevações do pavimento ou correções de greide que, embora muitas vezes imperceptíveis ao motorista no dia a dia, são fundamentais quando se trata de veículos de alta performance como os carros de corrida do E-Prix. Depois dos pilotos do E-Prix, os motoristas que circulam pela maior cidade da América Latina poderão utilizar este pavimento como legado do evento.
Corrida
A programação esportiva da Fórmula E em São Paulo aconteceu num único dia: testes dos carros na pista, treino livre, qualificação, sessão de autógrafo, desfile de pilotos, pré corrida, corrida e cerimônia do pódio.
No pódio, tivemos Mitch Evans, neozelandês da Jaguar, que ganhou a corrida, seguido pelo compatriota Nick Cassidy, da Envision. O terceiro lugar ciou com representante da Jaguar, o britânico Sam Bird.
Mobilidade elétrica
A cidade de São Paulo tem o mais robusto programa de mobilidade elétrica do país. Desde outubro não é permitida a compra de ônibus movidos a diesel para o sistema de transportes da capital.
A prioridade da atual gestão municipal é o cumprimento da Lei de Mudanças Climáticas e do Programa de Metas da Prefeitura, que prevê a inclusão de 2.600 ônibus elétricos, não poluentes, e a consequente melhoria na qualidade do ar da cidade. Atualmente o sistema conta com 19 ônibus 100% elétricos a bateria e 201 trólebus.
Segundo o prefeito Ricardo Nunes, a prova da Fórmula E foi uma vitrine para a cidade que se preocupa com as questões ambientais e de sustentabilidade. “A Fórmula E coloca São Paulo e o Brasil no centro das discussões de mobilidade elétrica urbana mundial. A realização de grandes eventos automobilísticos, culturais e artísticos com a geração de emprego e renda faz parte da nossa estratégia”, afirmou o prefeito.
Durante a etapa sul-americana do campeonato mundial de carros elétricos, a SPTrans disponibilizou 14 ônibus elétricos em uma linha para transportar o público do Metrô Tietê até o Anhembi, onde aconteceu a corrida, das 7h às 19h. Outros dois ônibus elétricos novos, que comporão a frota municipal, ficaram expostos ao público do evento.
ONU-Habitat
A cidade de São Paulo e o Programa das Nações Unidas Para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) estabeleceram uma cooperação para o desenvolvimento urbano inclusivo e sustentável, que busca fomentar a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. No documento, a parceria tem foco especial na realização de projetos relacionados à gestão de espaços públicos verdes e à ação contra as mudanças climáticas. Outro ponto de destaque é a intenção de realizar projetos que se relacionem com a temática da população em situação de rua.