Proteção em caso de incêndio: entenda como funcionam os extintores e como utilizá-los
Professor do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) alerta sobre o uso correto dos aparelhos
- Data: 11/08/2022 14:08
- Alterado: 11/08/2022 14:08
- Autor: Redação
- Fonte: IMT
Crédito:Divulgação
Em casos de urgência e início de incêndios, ter um extintor por perto e saber como agir e utilizá-lo pode evitar grandes tragédias. Hector Alexandre Chaves Gil, doutor e professor de química do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), explica o funcionamento desses aparelhos, para ajudar a manter a calma e saber manuseá-los em caso de emergência.
O profissional alerta que, como todos os extintores são pressurizados, deve ser observado se o medidor de pressão está na faixa verde. “Eventualmente, o extintor pode estar com excesso de pressão e deve ser substituído, para não causar danos. Vale lembrar que, para evitar acidentes com explosão, é necessário observar a correta manutenção da válvula, e o operador deve ter um mínimo de treinamento na utilização do equipamento. Muitas vezes, pode ocorrer que o operador não remova o pino de segurança da válvula, forçando-a excessivamente e quebrando-a, o que pode levar à explosão.”
Isso se dá também pelo funcionamento de um extintor, o qual tem fundamentalmente dois princípios: o abafamento, que é o isolamento do material combustível da fonte comburente (normalmente, o oxigênio do ar), ou ainda o resfriamento, que é a absorção do calor produzido na combustão. Em alguns extintores, os dois princípios são combinados. Esses aparelhos se dividem em cinco tipos: água; gás carbônico; pó químico BC; pó químico ABC; e espuma mecânica. “Cada um deles é indicado para uma classe de incêndio, conforme o material combustível. O método de funcionamento varia de acordo com o tipo de substância contida no cilindro”, explica o professor.
Usar um tipo diferente do recomendado para apagar determinado incêndio pode gerar um risco de espalhamento do incêndio, ou até provocar outros tipos de acidentes. “Por exemplo, no caso de incêndio de líquidos inflamáveis (classe B), como a gasolina, o uso de água como extintor espalhará o incêndio, já que a água não se mistura com esses solventes e provocará o seu arraste, e também da chama, para outros locais.
Outra situação perigosa é o uso de água em incêndios que envolvam sistemas elétricos e energizados (classe C), uma vez que a água comum possui sais minerais dissolvidos, que permitirão a passagem da corrente elétrica por ela, podendo causar mais acidentes, além do incêndio. Esse exemplo requer o uso do pó químico BC ou ABC, no qual as letras indicam a classe de incêndios que podem combater”, esclarece Hector Alexandre.
Além disso, o professor relembra a importância de manter atualizada a inspeção dos materiais. “Normalmente, devem ser checados de 12 em 12 meses e, eventualmente, recarregados, pois nesse período pode ter ocorrido uma perda de pressão, o que poderá dificultar o combate a um incêndio e colocar o operador em risco”, finaliza.