Promover e cuidar da saúde mental é o desafio dos psiquiatras
Especialistas integram as equipes dos Centros de Atenção Psicossocial da capital. Atualmente, a rede municipal de saúde conta com 99 Caps
- Data: 14/08/2022 11:08
- Alterado: 16/08/2023 22:08
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Ansiedade
Crédito:Marcelo Camargo - Agência Brasil
O dia 13 de agosto é uma homenagem ao médico psiquiatra, profissional dedicado à saúde mental, responsável pelo diagnóstico e assistência a pacientes com transtornos psíquicos.
Os psiquiatras trabalham para tratar casos de sofrimento emocional intenso e alterações comportamentais que prejudicam a vida social, profissional, sentimental e familiar. Embora ainda haja quem confunda psiquiatria com psicologia ou psicanálise, o psiquiatra é o único destes profissionais com formação médica, autorizado a diagnosticar transtornos e receitar medicamentos.
Depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno bipolar, distúrbios de crescimento incluindo o autismo, além da dependência de álcool e drogas são apenas alguns dos problemas de saúde mental mais conhecidos, entre os mais de 300 catalogados atualmente, muitos deles com origem multifatorial.
O Brasil já foi apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o país com o maior índice de pessoas ansiosas do mundo, em 2017. Em 2021, de acordo com sistema Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, o percentual de pessoas em todo o país que declararam ter diagnóstico médico de depressão foi de 11,33%. Considerando o desconhecimento da população sobre o tema e mesmo o estigma que ainda o acompanha, a estimativa é de que os números envolvendo os transtornos mentais seja bem maior, especialmente após a pandemia de Covid-19, que potencializou problemas relacionados a isolamento, luto, solidão e estresse.
Em boa parte dos casos, a avaliação psiquiátrica e o tratamento adequado, que pode envolver o uso de medicamentos associado a um suporte multiprofissional, é capaz de estabilizar, reverter ou minorar o quadro de pacientes em situação de grande sofrimento emocional.
Centros de Atenção Psicossocial atendem os casos de transtornos mentais
Dentro do SUS, uma das formas de acolhimento a pessoas que convivem com doenças emocionais, psíquicas, alcoolismo e drogadição é por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que contam com equipes multiprofissionais compostas por médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros e promovem o tratamento adequado para cada caso.
A rede municipal de saúde conta com 99 Caps, distribuídos pelas regiões leste, oeste, centro, sul, sudeste e norte da cidade com o objetivo de garantir tratamento integral à população. Estes locais oferecem atendimentos para crianças, adolescentes e adultos com diferentes necessidades na área da saúde mental, incluindo acolhimento em ocorrências de crises.
Por se tratar de um serviço especializado em saúde mental, os Caps são organizados de modo a atender demandas e necessidades de cada usuário por meio de um Projeto Terapêutico Singular (PTS), método que desenvolve um plano de tratamento individualizado que envolve diagnóstico, definição de metas para o decorrer da terapia, definição de responsabilidades e, após consultas com o profissional de saúde, a reavaliação do caso.
Os Caps funcionam em regime de porta aberta, ou seja, não há a necessidade de encaminhamento ou agendamento prévio. Eles são divididos em várias modalidades, de acordo com o público acolhido e os serviços oferecidos: Caps Infantojuvenis e Adultos, Caps III (com funcionamento 24 horas e vagas noturnas), Caps IV (acolhimento integral 24h) e Caps Álcool e Droga (especializado em transtornos provocados pelo uso de álcool e outras drogas).
Além disso, a rede municipal conta também com as Unidades de Acolhimento (UA), moradias provisórias destinadas aos usuários que estejam em tratamento nos Caps AD. Os usuários deste serviço necessitam de cuidados em saúde mental especificamente para o uso abusivo ou dependência de substâncias psicoativas e apresentam rompimento com o convívio familiar, estando em situação de risco ou vulnerabilidade em seus locais de moradia.
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