Projetos implantados por escolas municipais de São Caetano atendem metas da BNCC
Pesquisar a história da cidade, criar um jornal escolar, escrever um livro de memórias, organizar uma festa de aniversário. O que essas atividades têm em comum? Nas escolas municipais de São Caetano do Sul, esses e outros projetos pedagógicos são formas de mobilizar os alunos para o aprendizado de diferentes competências que atendem às metas […]
- Data: 14/12/2021 16:12
- Alterado: 14/12/2021 16:12
- Autor: Suzel Tunes
- Fonte: PMSCS
Crédito:Letícia Teixeira / PMSCS
Pesquisar a história da cidade, criar um jornal escolar, escrever um livro de memórias, organizar uma festa de aniversário. O que essas atividades têm em comum? Nas escolas municipais de São Caetano do Sul, esses e outros projetos pedagógicos são formas de mobilizar os alunos para o aprendizado de diferentes competências que atendem às metas da BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
Quem é professor já sabe de cor o que significa a sigla BNCC e quem tem filho em idade escolar também precisa ficar atento às quatro letras que prometem inovar a educação brasileira, introduzindo competências que vão além do aprendizado dos conteúdos tradicionais.
O Currículo Municipal de São Caetano, que se inspira na BNCC, recomenda que a escola proporcione a aquisição de conhecimentos. Mas, também, de pensamentos científico, crítico e criativo; repertório cultural; comunicação; cultura digital; trabalho e projeto de vida; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação e responsabilidade e cidadania.
Isso é o que as escolas de São Caetano buscam com projetos transdisciplinares que promovem a intercomunicação entre as diferentes áreas do conhecimento. “Trabalhar com projetos cria oportunidades para o professor articular diferentes propósitos didáticos e comunicativos, adequando-os à realidade de sua turma. Propicia, ainda, a junção entre as áreas de conhecimento e contribui para tornar as práticas vivenciadas na escola mais próximas das que estão presentes em suas realidades”, diz a professora Izilda Marques, formadora do Cecape (Centro de Capacitação dos Profissionais da Educação) Drª Zilda Arns.
No final de novembro, o Cecape realizou uma mostra da produção das escolas municipais, nas quais se realizou a experiência de conduzir as ações escolares por meio de projetos. Participaram desse projeto piloto, as Escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEF) Bartolomeu Bueno da Silva, Padre Luiz Capra, Laura Lopes e Anacleto Campanella. “A atividade mostrou que o compromisso com as crianças testemunha a qualidade da atuação docente da rede municipal de São Caetano. Espera-se que em 2022 outras unidades escolares, sensibilizadas por essa experiência, acolham a metodologia de ensino que orienta a ação de ensinar e aprender com base em projetos”, diz o professor Wesley Dourado, responsável pelo expediente do Cecape.
FESTA DE APRENDIZADO
As turmas de primeiro ano da EMEF Padre Luiz Capra organizaram uma festa de aniversário. Eles sabiam que a festa era “de mentirinha”, mas o empenho foi real: para planejar uma festa é preciso marcar a data no calendário; escrever listas de convidados; calcular o número de docinhos e salgadinhos. Afinal, há muito trabalho a ser feito em uma festa. E muito aprendizado. Português, Matemática e Artes foram apenas algumas das áreas do saber desenvolvidas na organização da festa. Houve também a aquisição de conhecimentos de idiomas – com os Parabéns a Você cantados em inglês e italiano; estudos culturais, comparando as tradições de diferentes países, e até iniciação científica. As crianças fizeram experimentos no laboratório identificando a presença de açúcar nos alimentos e pesquisando pratos saudáveis para a festa, sob a orientação da professora Jaqueline Santa Rosa Beividas. “A ideia da temática também foi romper um pouco a tristeza e o luto causados pela pandemia. Procuramos resgatar o prazer de estarmos juntos”, conta a professora Evelize Botaccini, que desenvolveu o projeto junto com as demais professoras de primeiro ano, Andreia Cristina Tortele dos Santos e Selma Beatriz Garbarino de Souza.
A EMEF Laura Lopes também planejou uma festa. O objetivo foi homenagear Laurinha, nome carinhoso dado à patronesse da escola. Alunos dos 1º, 2º e 3º anos envolveram-se nos preparativos, que incluíram a escolha de músicas e brincadeiras.
Já os alunos de 4º ano da EMEF Bartolomeu Bueno da Silva resolveram brincar de jornalistas. “É uma turma falante, com opinião própria, que inspirou a ideia de produzir um jornal da escola, o Notícias do Bartô”, lembra a professora Izilda. Entrevistas, passatempos e escritas de notícias foram algumas das produções feitas pela turma.
E alunos dos 4º anos da EMEF Anacleto Campanella desenvolveram projeto sobre sustentabilidade, criando blogs e cartazes para conscientizar os colegas de outras turmas. Outros projetos realizados por essas escolas envolveram poesia, música, tradições culturais, pesquisa histórica e cidadania.
“Participar da experiência abriu outros horizontes para a prática escolar e uma ligação consistente entre a tarefa de auxiliar as crianças na construção das competências educacionais e de ajudá-las na construção delas mesmas. E este foi o testemunho de todos os grupos que participaram da mostra: os docentes disseram da alegria em fazer o projeto e de como as crianças ficaram felizes em participar deles”, destaca Wesley Dourado.