Projeto “Poesia em Trânsito” dá voz ao BiblioSesc
A partir do dia 21 de Outubro a carreta do BiblioSesc ganha voz nas ruas do Grande ABC com programas de literatura no projeto “Poesia em Trânsito”
- Data: 19/10/2020 14:10
- Alterado: 19/10/2020 14:10
- Autor: Redação
- Fonte: Sesc
Inspirado nos carros de som que tradicionalmente circulam em bairros e comunidades
Crédito:Divulgação
A partir do dia 21 de Outubro a 9 de Dezembro a carreta do BiblioSesc ganha voz nas ruas de Santo André e São Caetano do Sul e através da Rádio Comunitária de Heliópolis, com programas de literatura no projeto “Poesia em Trânsito”. Os programas de até 30 minutos veiculam declamações de poemas, slams, contações de história, histórias dos bairros, entre outras produções literárias de artistas da própria região.
Além do conteúdo literário, os programas do Poesia em Trânsito veiculam pílulas informativas de utilidade pública, visando a mobilização de uma rede de atendimento de necessidades emergenciais e informações sobre direitos básicos e promoção de ações educativas de esclarecimento sobre a pandemia.
Os primeiros roteiros serão percorridos dia 21 de outubro, quarta, na cidade de Santo André no bairro da Tamarutaca e dia 22 de outrubro, quinta na cidade de São Caetano do Sul, nos bairros da Fundação e da Prosperidade. A veiculação do caminhão ocorrerá sempre quartas, Santo André e quintas, São Caetano do Sul, no horário das 11h às 13h. A partir de 29 de outubro a 3 de dezembro a comunidade poderá conferir os programas na Rádio Comunitária de Heliópolis (87,5 FM), as quintas às 17h.
A escolha de artistas locais e roteiros, foram pensados para fortalecer o senso comunitário tão importante neste momento, bem como a promoção da cena cultural local, duramente afetada pela pandemia. Isso não se reflete apenas nos artistas, como também nas parcerias realizadas no projeto. O projeto realizado em conjunto pelas unidades do Sesc São Caetano, Sesc Santo André e Sesc Ipiranga realizou parceiras de curadores da própria região: Mapa Xilográfico e Vanessa Rita, Kiusam de Oliveira e Editora Gráfica Heliópolis, e com associações de moradores locais, como a UNAS – União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região, e o MDDF Movimento de Defesa dos Direitos dos Moradores em Núcleos Habitacionais de Santo André.
Co-curadores:
A Editora Gráfica Heliópolis superou as estimativas previstas e lançou mais de 50 títulos de autores periféricos no período de um ano. Dentre as obras, a Editora Gráfica Heliópolis promoveu lançamentos de temática LGBT+, homenagens às mulheres, escolas públicas da região, comunidade afro-brasileira, moradores em situação de rua, jovens, terceira idade, coletivos culturais e muitos outros escritores puderam realizar os seus sonhos com a gente.
Kiusam de Oliveira é brasileira, natural de Santo André, São Paulo. É uma iyalorixá (mãe-de-santo), guardiã dos conhecimentos milenares da tradição afro-brasileira. Professora na Universidade Federal do Espírito Santo. É Doutora em Educação e Mestre em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), especialistas nas temáticas de raça, gênero, corporeidade e cultura afro-brasileira. Pedagoga com habilitações em Deficiência Intelectual, Administração Escolar e Orientação Educacional. Escritora, autora de livros altamente premiados. Contadora de histórias focada nas mitologias africana e afro-brasileira tendo como mote fundamental o fortalecimento das meninas negras.
O Coletivo Mapa Xilográfico tem como integrantes os artistas e educadores Diga Rios, Milene Valentir e Tábata Costa. O grupo foi formado em 2006 no intuito de atuar na cidade de São Paulo e outras localidades através da intervenção urbana, buscando problematizar as questões relativas à urbanização ao lado dos habitantes de cada contexto, para um processo de troca e coprodução em torno das problemáticas locais. O coletivo colaborou no projeto “Outras matizes em São Caetano” que propôs, através da circulação do mini documentário “Aquém da Fundação: outras matizes em São Caetano”, questionar os discursos e histórias dominantes e recuperar as narrativas e memórias das culturas negras e indígenas na formação da cidade e dos indivíduos, historicamente invisibilizadas.
Vanessa Rita é professora da rede municipal de São Caetano do Sul, tendo atuado em projetos de resgate da história negra e indígena da cidade.
Edição de som:
D Studio – Levi Cintra é formado em marketing pela Universidade Metodista, fundador do espaço cultural D Studio, é ator, músico e compositor, começou sua carreira no teatro em 1997, passando por grupos como Leasard (Grupo de pesquisa que culminou no lançamento do livro “leasard, arte pública e ação cultural” e cia do nó de teatro de Santo André, onde ingressou na composição de trilhas sonora para teatro. No D Studio trabalha na área de produção musical e produção de eventos.
Parceiros:
MDDF foi fundado legalmente em 20 de dezembro 1987, a partir da criação em Santo André do Movimento de Defesa dos Favelados em 1977. Sua missão é de representar os moradores em favelas e núcleos habitacionais junto aos poderes e órgãos públicos, autarquias, empresas públicas e privadas, defendendo os direitos e interesses dos moradores de núcleos e prestando serviços gratuitos.
UNAS é uma entidade sem fins lucrativos que surgiu em 1978 enquanto comissão de moradores da favela de Heliópolis, que lutava pelo direito à moradia e posse da terra. Atualmente realiza a Implementação de projetos, programas e serviços de forma abrangente nas áreas de educação, cultura, assistência social, esporte, juventude, empreendedorismo, direitos humanos e movimentos de base. Com isso, impactamos cerca de 10 mil pessoas diretamente por mês, por meio de 52 projetos sociais.