Projeto do IMT monitora as onças-pintadas nos biomas brasileiros por meio de satélite
Iniciativa rendeu o segundo lugar na competição Latin American Space Challenge (LASC)
- Data: 03/05/2022 16:05
- Alterado: 03/05/2022 16:05
- Autor: Redação
- Fonte: IMT
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Os alunos do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) Letícia Tavore de Lima, do 5.° ano do curso de Engenharia Eletrônica; Sarah Silvestre, 3.° ano de Engenharia de Controle e Automação e Caio Panes, 3.° ano de Engenharia da Computação, conquistaram o vice-campeonato na competição Latin American Space Challenge (LASC), com o projeto OnçaSat, que visa, por meio um CubeSat (satélite miniaturizado usado para pesquisas espaciais e comunicações radioamadoras), monitorar e preservar as onças-pintadas nos biomas brasileiros.
“A motivação deste trabalho surgiu da necessidade de preservar as onças-pintadas de uma maneira eficaz, modular e robusta. O projeto OnçaSat foi inspirado nas instituições que realizam o monitoramento desses animais com o uso de tecnologias transmissoras e receptoras, por sinais de UHF/VHF, ou por GPS”, diz Letícia que, assim como os demais alunos do grupo, é estagiária da Divisão de Eletrônica e Telecomunicações do Centro de Pesquisas do IMT, sob a coordenação do Prof. Fernando de Almeida Martins.
O Latin American Space Challenge é um evento que, durante dois dias, tem como objetivo estimular e fornecer estrutura para promover a maior competição experimental de engenharia de foguetes e satélites da América Latina. Os participantes de diversos países são motivados a lançar o seu próprio foguete ou satélite que possa gerar benefícios, dados ou estudos, em prol da sociedade em geral ou do meio ambiente.
A tecnologia do OnçaSat é bastante simples, porém eficaz. O grupo utilizou o protocolo LoRaWAN (Lora) de comunicação, de baixo consumo de energia e proporciona longo alcance para dispositivos de radiofrequência. “A onça que estiver utilizando a coleira que contenha o módulo LoRa, com um GPS, será capaz de enviar sinais de geolocalização ao CubeSat, que está numa órbita de 430 km. O satélite, por sua vez, recebe esse sinal e reenvia-o a uma estação-base (gateway). Com isso, as instituições protetoras terão uma maneira mais eficiente de monitorar as onças em tempo real e, portanto, protegê-las da extinção”, conclui Letícia.