Projeções de inflação e taxa selic apresentam aumento no Boletim Focus
Projeção de expansão da economia está em 3,42% este ano
- Data: 16/12/2024 11:12
- Alterado: 16/12/2024 11:12
- Autor: Redação
- Fonte: Agência Brasil
A última edição do Boletim Focus, divulgada pelo Banco Central (BC) na segunda-feira (16), revela um ajuste nas expectativas do mercado financeiro em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a principal medida da inflação no Brasil. A previsão para 2023 subiu de 4,84% para 4,89%, refletindo uma tendência de alta.
Além disso, as projeções para os anos seguintes também sofreram alterações. Para 2025, a expectativa é de inflação de 4,6%, ligeiramente acima da estimativa anterior de 4,59%. Já para 2026 e 2027, as previsões se mantêm em 4% e 3,66%, respectivamente.
Importante destacar que a estimativa para o ano corrente está acima do teto da meta inflacionária estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é fixada em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Portanto, os limites da meta variam entre 1,5% e 4,5%.
Com a implementação do novo sistema de meta contínua a partir de 2025, o CMN não precisará mais definir metas anuais para a inflação. A meta central será de 3%, com a mesma margem de tolerância já mencionada.
No que diz respeito à inflação mensal, o país registrou um aumento de 0,39% em novembro, puxado principalmente pelos preços dos alimentos. Esse número é uma leve diminuição em comparação ao IPCA de outubro, que foi de 0,56%. Em termos anuais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada é de 4,87%.
Taxa Selic e Política Monetária
Para manter a inflação dentro das metas estabelecidas, o Banco Central utiliza como ferramenta principal a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está fixada em 12,25% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada em 11 de dezembro, o BC decidiu aumentar a Selic devido à recente valorização do dólar e à incerteza econômica global.
O Copom sinalizou um aumento adicional da taxa em um ponto percentual nas duas próximas reuniões programadas para janeiro e março, caso as condições econômicas permaneçam inalteradas. Essa decisão marca o terceiro aumento consecutivo da Selic e representa um retorno ao nível observado no final do ano anterior.
Após um período prolongado com a taxa em 13,75% ao ano entre agosto de 2022 e agosto de 2023, houve uma série de cortes até atingir os atuais níveis. A Selic foi elevada pela primeira vez após esse ciclo em setembro deste ano.
As projeções indicam que a taxa básica pode alcançar até 14% ao ano até o final de 2025, com expectativas subsequentes de redução para 11,25% em 2026 e para 10% em 2027.
A elevação da Selic visa conter a demanda aquecida e impacta diretamente nos preços ao encarecer o crédito. Entretanto, fatores como risco de inadimplência e custos operacionais também influenciam as taxas aplicadas pelos bancos aos consumidores.
A redução da taxa Selic tende a facilitar o acesso ao crédito e estimular tanto o consumo quanto a produção econômica.
Crescimento Econômico e Câmbio
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve sua projeção ajustada para cima neste ano, passando de 3,39% para 3,42%. No terceiro trimestre, o PIB registrou uma expansão de 0,9% comparado ao trimestre anterior. De janeiro a setembro deste ano, o crescimento acumulado foi de 3,3%, superando expectativas anteriores.
As previsões para o PIB nos próximos anos indicam um crescimento projetado em torno de 2% tanto para 2026 quanto para 2027.
Finalmente, em relação ao câmbio, as expectativas apontam que o dólar deve ser cotado a R$ 5,99 no final deste ano e R$ 5,85 até o fim de 2025.

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