Programa de concessões realiza manutenção de mais de cinco mil pontes e viadutos
O Rodoanel Mário Covas tem a maior obra de arte especial da malha concedida paulista, com 8,8 quilômetros de extensão
- Data: 02/09/2022 16:09
- Alterado: 02/09/2022 16:09
- Autor: Redação
- Fonte: ARTESP
Crédito:SPMar
Pontes e viadutos, conhecidos tecnicamente como Obras de Arte Especiais (OAEs), são estruturas de engenharia de grande importância, que permitem a transposição de obstáculos ou pistas, de forma segura e confortável para os usuários. Porém, são obras que exigem manutenção constante para evitar problemas como corrosão, recalque, infiltração e outras deteriorações. Por conta disso, a ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo – e as 20 concessionárias do Programa de Concessão Rodoviária, realizam inspeções e manutenções rotineiras e especiais em mais de 5 mil pontes e viadutos da malha concedida, com o objetivo de garantir tanto a segurança estrutural, durabilidade e funcionalidade das obras.
Um dos motivos da perda de vida útil de uma obra de arte especial, é a falta de inspeção e manutenção. De modo preventivo, a Agência Reguladora estabelece procedimentos para garantir a segurança e a durabilidade dessas estruturas. Após assumir o lote rodoviário, a concessionária precisa fazer as inspeções iniciais, que consistem no cadastramento e diagnóstico de todas as obras de artes especiais da malha atendida. Esta análise deve conter elementos de patologia, terapia e uma classificação do estado operacional e urgência de manutenção.
Com o primeiro diagnóstico, as concessionárias passam a fazer inspeções rotineiras das obras, que devem ter periodicidade anual. Essas operações são essenciais para identificar problemas estruturais e apontar os reparos necessários. Ao ser identificada uma estrutura muito danificada é preciso fazer uma inspeção especial. Mais detalhada do que a rotineira e a inicial, com objetivo de fornecer um diagnóstico mais preciso das anomalias e indicar as intervenções de manutenção a serem realizadas.
A ARTESP acompanha esse trabalho das concessionárias por meio dos relatórios produzidos e das vistorias de fiscalização realizadas pelos técnicos da Agência. Sempre que os técnicos da Agência reguladora constatam alguma possível irregularidade, a concessionária é notificada a corrigir o problema. Quando há necessidade de realização de recuperação, a concessionária tem por obrigação contratual tomar as ações necessárias dentro dos prazos estabelecidos pelas normas e especificações da ARTESP.
“O trabalho da agência reguladora e das concessionárias é de garantir a segurança e o conforto de todos os motoristas da malha concedida. As nossas pontes e viadutos estão sempre passando por inspeções da equipe técnica e quando identificado o problema, ele é rapidamente corrigido” afirma Milton Persoli, diretor geral da ARTESP.
Recuperação
Toda ponte e viaduto têm uma vida útil e um prazo de durabilidade, mas com os efeitos do clima e de uso intenso, esse tempo pode ser encurtado. O papel da ARTESP e das concessionárias é preservar a integridade das estruturas e garantir a segurança dos usuários. Ao identificar anomalias numa obra, a concessionária monta um plano de intervenção e recuperação para conservar os aspectos estruturais, funcionais e de durabilidade das obras, evitando possíveis problemas e tratando os que se desenvolvem ao longo da vida útil das estruturas. A manutenção é uma atividade essencial da concessionária e sempre que realizada é preciso fazer um plano operacional e a sinalização do trecho.
Obra de arte especial mais extensa do Programa de Concessões
A Obra de Arte Especial (OAE) mais extensa do Programa de Concessões Rodoviárias é o encontro leve estruturado do Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas. É uma estrutura elevada com 8,8 quilômetros localizado no município de Suzano. Para construção da obra, a concessionária SPMar utilizou uma máquina chamada cantitravel, geralmente empregada em obras portuárias. Este equipamento foi implantado com o objetivo de preservar áreas de várzea do rio Tietê e evitou o deslocamento de 4,5 milhões de m³ de terra. Desde a sua construção, a concessionária SPMar já realizou 76 inspeções e 24 obras de manutenção.