Prefeitura promove encontro entre profissionais de reabilitação e autonomia de dependentes

Na manhã desta sexta-feira (18), a Prefeitura de São Paulo promoveu a 9ª edição do Fórum de Acompanhamento de Casos (FAC) do Programa Redenção. Essa foi a primeira edição presencial do encontro, realizado no auditório da Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato, com mais de 80 participantes. A emoção tomou conta do evento desde a abertura, com a apresentação da música Redenção, criada por beneficiários do serviço e que incentivou os presentes com a mensagem de que “A vida sorriu pra você, é tempo de recomeçar”. 

Coordenado pelo Núcleo Técnico do Programa Redenção, o FAC acontece bimestralmente desde março de 2020, em conformidade com uma Portaria Conjunta estabelecida em junho de 2019 entre as Secretarias Municipais de Governo, Assistência e Desenvolvimento Social, Saúde e Desenvolvimento e Trabalho (SGM/SMADS/SMS/SMDET). “No FAC são apresentados e discutidos casos e situações vividas diariamente pelos profissionais do Serviço Integrado de Acolhida Terapêutica (SIAT I, III e III), dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) da região Central e do Programa Operação Trabalho (POT) Redenção”, explica Gabrielle Dias, Coordenadora Executiva do Programa. “Isso permite o compartilhamento e aprimoramento das ações conjuntas”.

“O FAC é um importante momento de integração de gestores e servidores públicos das várias Secretarias envolvidas na temática do uso abusivo de álcool e outras drogas”, afirma Alexis Vargas, Secretário Executivo de Projetos Estratégicos. “Foi emocionante ouvir os relatos de cada equipe e ter a certeza de que estamos no caminho certo! Muito orgulho desses profissionais tão dedicados ao resgate social dos dependentes químicos em situação de vulnerabilidade”.

Confira a música que foi apresentada na abertura do evento: 

Redenção  

(Natally Vieira da Silva e Igor Felício Freitas) 

Num cenário de dor 

Sem alegria e a esperança 

Desconhecem o amor 

O abandono de uma criança

Traumas vividos na infância 

Abuso de corpo e poder 

Era só uma criança, sem ter como se defender 

 A droga não é começo 

Nem será o seu ponto final 

Existe um recomeço 

Enquanto há vida, há chance.  

 São tantas coisas pra viver 

Quem disse que tudo acabou 

Como é que foi chegado ao fim, 

uma história que mal começou 

São tantas coisas pra viver 

Pra descobrir, pra desfrutar 

A vida sorriu pra você 

É tempo de recomeçar 

E eu que me perdi no caos  

Fui preso numa distração 

Entre as ruínas da terra onde o céu não tem cor, submerso na escuridão 

 O presente remete o passado sombrio de um contexto de exploração  

O dedo que aponta e me afronta não sabe o que é uma vida de devastação 

  O problema é coletivo, não individual 

Sendo bem mais complexo que uma questão moral 

Estrutura baseada num esquema desigual 

Onde a pobreza é mais do que proposital  

  Dívida social, carência de equidade 

Submetido a condições de desumanidade 

A doença é resumida como criminalidade 

O problema é tratado com falta de maturidade 

 Prezamos pela luta antimanicomial  

Sejamos mais adictos de solidariedade 

Acolhimento para o tratamento pessoal  

Sem abrir mão da subjetividade  

 Ainda há tempo pra recomeçar, repensar, melhorar  

Colocar em pauta todos os seus planos  

Independente de lapsos, recaídas  

O itinerário é rumo a redução de danos  

 Fujo do coma eugenista governamental 

Da segregação de cunho racial  

Da dopamina em excesso na mente que prende em um mundo que é ficcional  

 Protagonista da dor, nunca mais 

Supero colapsos e temporais  

Alcançando metas eu subo no cais  

E levo comigo todos os meus iguais