Prefeitura do Rio demoliu 1.313 construções irregulares desde 2021

Prejuízo para o crime organizado chegou a R$ 646 milhões

  • Data: 09/08/2022 17:08
  • Alterado: 09/08/2022 17:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil
Prefeitura do Rio demoliu 1.313 construções irregulares desde 2021

Prefeitura inicia trabalhos de demolição de dois prédios no condomínio Figueiras do Itanhangá, em Muzema, no Rio de Janeiro.

Crédito:Tânia Rêgo / Agência Brasil

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Balanço divulgado hoje (9) pela prefeitura do Rio em parceria com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apontou que 1.313 construções irregulares foram demolidas desde 2021, sendo mais de 70% na zona oeste da cidade.

Segundo o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, os prejuízos para o crime organizado chegaram a R$ 646 milhões. De acordo com o balanço, no ano passado, foram feitas 660 demolições. Em 2022, já houve 653 demolições de construções irregulares.

Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o Poder Público está asfixiando o poder financeiro da indústria imobiliária das milícias. “O importante é que essas pessoas comecem a respeitar e entendam que vão tomar prejuízo. Não vão prosperar aqueles que apostarem numa apatia e imobilidade do Poder Público. Hoje, o imóvel que a Prefeitura e o MP demoliram na Muzema tinha uma avaliação de R$ 14 milhões”, disse Paes.

A Secretaria de Ordem Pública realizou, na manhã de hoje, a demolição de um prédio de seis andares, com 46 apartamentos, erguido ilegalmente na Muzema, na zona oeste. O imóvel na Rua Dália s/nº foi construído em um lote não regular e sem obedecer aos parâmetros determinados para o local, como afastamento, gabarito e taxa de ocupação. A construção, avaliada em R$ 14 milhões, já havia sido notificada e multada previamente.

O prédio estava localizado no interior do loteamento irregular, denominado Condomínio Figueiras do Itanhangá, situado na Estrada de Jacarepaguá, 370. “E ficava a menos de 100 metros de onde, em 2019, houve o desabamento de dois prédios de cinco andares, que culminou com a morte de 24 pessoas. Há menos de um mês, a prefeitura realizou uma outra operação no mesmo condomínio, quando derrubou um prédio de três andares avaliado em mais de R$ 3 milhões”, disse a prefeitura

Segundo o procurador-geral do MPRJ, Luciano Mattos, o acordo de cooperação entre prefeitura e promotoria foi pensado para que houvesse um fluxo de informação mais ágil, em tempo real, o que proporciona atuação imediata tanto na esfera penal quanto administrativa, com os desdobramentos judiciais que forem necessários.

“Estamos agora nos estruturando para que essa troca de informações, como o mapeamento dos locais e o trabalho de inteligência, permita um direcionamento melhor da prefeitura e do MP no combate a essas organizações criminosas”, disse Mattos.

Somente a Seop realizou 1.001 demolições, com prejuízo estimado para o crime organizado de R$ 205 milhões, sendo que 65% delas foram na zona oeste. Além disso, 65% dos imóveis demolidos estavam em área sob domínio da milícia, segundo a prefeitura.

Nas operações da Secretaria de Meio Ambiente, ao lado do MPRJ, em áreas de preservação ambiental, ocorreram 313 demolições, com um total de 275.982 metros quadrados de área demolida, o que gerou um prejuízo estimado para o crime organizado de R$ 441 milhões.

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  • Data: 09/08/2022 05:08
  • Alterado:09/08/2022 17:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil









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