Prefeitura de SP realiza debate sobre os desafios do atendimento à população idosa

Seminário reuniu representantes da Saúde, Assistência Social e fóruns de idosos da Zona Sul, com objetivo de traçar o perfil de munícipes em situação de fragilidade e vulnerabilidade

  • Data: 23/08/2023 09:08
  • Alterado: 23/08/2023 09:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Prefeitura de São Paulo
Prefeitura de SP realiza debate sobre os desafios do atendimento à população idosa

Idosa

Crédito:Rafa Neddermeyer - Agência Brasil

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Com o objetivo de refletir sobre os desafios envolvendo a população idosa e fortalecer a execução das ações para o atendimento a essa faixa etária, a Prefeitura de São Paulo realizou no dia 17 de agosto o seminário “Vulnerabilidades e fragilidades no envelhecimento”. 

O encontro reuniu 250 participantes, entre profissionais da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMADS), além de representantes dos fóruns de idosos e dos Núcleos de Convivência (NCI), na área das Supervisões Técnicas em Saúde (STSs) e de Assistência de Campo Limpo e M’Boi Mirim, na Zona Sul da capital. 

Os dois territórios concentram uma população em torno a 160 mil pessoas com 60 anos e mais, residentes, em sua maioria, nos distritos considerados como de alta e altíssima vulnerabilidade social pelo Mapa de Exclusão e Inclusão Social de São Paulo, como Capão Redondo e Jardim Ângela. 

“Neste contexto, temos a necessidade de ampliação das políticas públicas vinculadas à assistência e à saúde da pessoa idosa, com a ampliação das equipes voltadas a serviços para este público, antes de chegar às instituições de longa permanência para idosos”, comenta Neuza Correia, assessora técnica da Saúde da Pessoa Idosa da STS de Campo Limpo. 

A programação do seminário incluiu mesas temáticas que apresentaram um diagnóstico dos recursos disponíveis no território e também onde há necessidade de ampliar os serviços. Também foram discutidos aspectos que se apresentam como essenciais diante do envelhecimento progressivo da população, tais como: o aumento da longevidade (a faixa etária que mais cresce é aquela acima dos 80 anos), pessoas morando sós, ausência de apoio, idosos cuidando de idosos, entre outros. 

A palestra de abertura foi realizada pela assistente social e servidora pública aposentada Marília Berzins, que também é especialista em gerontologia, doutora em saúde pública e fundadora do Instituto Observatório da Longevidade Humana e Envelhecimento (Olhe). Marília compartilhou sua experiência com o envelhecimento em situação de fragilidade e vulnerabilidade e enfatizou a necessidade de avançar com políticas de cuidados para este público. 

“O caráter intersetorial do evento foi importante, dada a complexidade das demandas da população que envelhece”, acrescenta Neuza. Segundo ela, o seminário foi o ponto de partida para a elaboração de um retrato mais preciso dos territórios no que diz respeito à realidade dos moradores idosos e também para a criação de um grupo/comitê intersetorial que possa promover uma atuação integrada entre saúde e assistência social. “O objetivo é atuar nos antecipando às demandas da população idosa, pois cada vez mais ela lida com questões como a falta de uma rede de apoio suficiente para as necessidades de cuidado”, reitera. 

Atenção ao idoso na rede municipal 

Na Secretaria Municipal da Saúde (SMS), a Área Técnica da Saúde da Pessoa Idosa é responsável pela formulação de ações, projetos e programas que garantam a promoção e a atenção integral à saúde da pessoa idosa, para que mantenha sua capacidade de autocuidado e permaneça na comunidade durante o maior tempo e com a maior capacidade funcional possível. 

A Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa tem as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) como porta de entrada prioritária, e como eixo principal a Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa na Atenção Básica (Ampi – AB), que classifica os idosos em saudáveis, pré-frágeis e frágeis. A partir desta avaliação e de acordo com a necessidade de cada idoso, seu atendimento pode incluir as Unidades de Referência à Saúde do Idoso (Ursis), que são pontos secundários de atenção de caráter ambulatorial e multidisciplinar. A rede municipal possui atualmente 12 Ursis que atendem pessoas idosas em todas as regiões da cidade, dando cobertura às 470 UBSs. 

Programa Acompanhante de Idosos 

Já o Programa Acompanhante de Idosos (PAI), atende cerca de seis mil munícipes com mais de 60 anos em situação de fragilidade e alta vulnerabilidade social. Único no país, o programa possui 50 equipes compostas por assistente social, enfermeiro, médico, acompanhantes de idosos, motorista e profissional administrativo voltadas ao acolhimento, apoio e suporte nas atividades diárias destas pessoas, oferecendo-lhes assistência integral à saúde. 

A rotina de trabalho de um acompanhante de idosos consiste em visitar essas pessoas pelo menos uma vez por semana para auxiliá-las nas tarefas relacionadas à saúde, como acompanhamento em consultas, exames ou encontros de grupos na Unidade Básica de Saúde (UBS), além de também dar suporte nas rotinas domiciliares e deslocamentos para atividades cotidianas, que costumam ser mais dificultosas por conta de limitações físicas. 

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  • Data: 23/08/2023 09:08
  • Alterado:23/08/2023 09:08
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  • Fonte: Prefeitura de São Paulo









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