Prefeitura de SP inicia projeto piloto para ampliar horário de atendimento das creches
Anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes durante a abertura da 6ª Semana Municipal da Primeira Infância
- Data: 03/08/2023 08:08
- Alterado: 03/08/2023 08:08
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Creche
Crédito:Prefeitura de SP
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SME), iniciou nesta terça-feira (1º) um projeto experimental em 13 creches para testar a viabilidade de ampliação do horário de atendimento para 12 horas, das 7h até as 19h, duas horas a mais do que o período regular. A mudança visa oferecer um atendimento diferenciado e segurança às famílias que precisam da creche durante esse horário.
O anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes nesta manhã, durante a abertura da 6ª Semana Municipal da Primeira Infância, no Centro Cultural São Paulo. “Vamos fazer uma experiência, iniciar um processo para ampliar o atendimento. Treze creches nossas passam a funcionar das 7h às 19h”, afirmou o prefeito.
Com o tema “Cuidando de quem cuida”, a 6ª Semana Municipal da Primeira Infância segue até sábado (05) e para incentivar a alimentação saudável e a vacinação, crianças e seus cuidadores poderão conhecer de perto o personagem José Comilão, da Totoy. Com 6 metros de altura, o inflável do personagem está instalado na frente do Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, onde ficará até o dia 5.
“A Prefeitura de São Paulo conta com uma série de ações e políticas públicas desenvolvidas para primeira infância. O Unicef faz toda a validação, parametrização e a verificação dos indicativos e a gente tem conseguido avançar bastante em vários aspectos”, apontou o prefeito Ricardo Nunes.
Segundo o secretário executivo de Projetos Estratégicos, Edsom Ortega, a semana contará com mais de 500 atividades espalhadas pela cidade. “Essa semana nós vamos publicar a norma de regulamentação do Auxílio Família Reencontro, que é uma forma criada por decreto do prefeito no início do ano para também apoiar as ações com auxílio financeiro que vai de R$ 600 a R$ 1.200 para aqueles que podem acolher uma família ou uma criança/adolescente em situação de rua”, disse. “Ele serve também para apoiar outras pessoas em situação de risco, mas o recorte inicial que vamos fazer é voltado a mulheres com crianças e crianças em situação de vulnerabilidade”, completou.
O secretário municipal de Educação, Fernando Padula, garantiu que um dos seus desafios é manter a fila da creche zerada, além de realizar ações para garantir a segurança alimentar das crianças com a merenda e a distribuição de cestas básicas. “Cada um dólar investido na primeira infância são sete que retornam. Uma primeira infância com desenvolvimento garante 25% mais de chance de sucesso na vida futura desta criança e é isso que São Paulo vem fazendo, garantindo a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, explicou.
No âmbito da Assistência Social, o secretário Carlos Bezerra destacou que a cidade de São Paulo é a única do Brasil com um Censo com recorte específico para crianças e adolescentes em situação de rua e que ele vem pautando as iniciativas da gestão como a criação de novas modalidades de acolhimentos e métodos de abordagem. “Seria impensável para uma cidade como São Paulo olhar pra isso e não ter políticas públicas focadas e prioritárias para essas crianças. Eu tenho muito orgulho de fazer parte de uma administração que não apenas tem sensibilidade para isso, mas que tem políticas públicas, que trabalha por isso e que prioriza isso não apenas no discurso”, disse.
“Toda criança importa. Nós temos que sempre olhar para uma criança e pensar nisso”, afirmou o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco. “A gente começa desde o pré-natal. Hoje a gente oferece o pré-natal nas nossas 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) com um serviço diferenciado, um acolhimento para mãe, um acompanhamento para o pai dando segurança para ela no parto. Temos esse trabalho em todas as nossas unidades de saúde, em todas as nossas maternidades. Isso é um diferencial. Isso acolhe e protege nossas crianças”, detalhou.
Sobre a iniciativa
A abertura oficial da Semana Municipal da Primeira Infância e as duas primeiras mesas de debate acontecem no Centro Cultural São Paulo. A primeira mesa de debates teve o tema “Mamãe está cansada – Saúde mental de mães e cuidadores”.
“Além da nossa responsabilidade por cada uma das nossas crianças, São Paulo tem essa responsabilidade de levar a inspiração para todas as outras cidades do Brasil e do mundo. A Semana da Primeira Infância é um momento importante para a gente celebrar, chamar a atenção, refletir, mas, especialmente, para a gente assumir novos compromissos com a primeira infância”, afirmou a chefe do escritório do UNICEF em São Paulo, Adriana Alvarenga.
A segunda mesa tem o tema “Paternidade Ativa” conta com a participação do cofundador e diretor da 4daddy, Leandro Ziotto, e do ator e influenciador digital que fala sobre paternidade consciente e antirracista, Tadeu França; com mediação de Leandru Sussman, psicólogo e mestre em Ciências, que desenvolve grupo reflexivo para homens autores ou não de violência, pelo SUS. Ao final do debate, acontece a intervenção artística “Manifesto da mulher maravilha – mamãe não é guerreira”, performance que clama por acolhimento e reconhecimento do trabalho invisível que é o cuidar e foi criada por integrantes do Programa PIAPI (Programa de Iniciação Artística para a Primeira Infância da Secretaria Municipal da Cultura – SMC).
As atividades são planejadas por secretarias que atuam na Política Municipal Integrada pela Primeira Infância, a saber, SGM/SEPE, SME, SMS, SMDHC, SMADS, SMC, SVMA, SMPED, SMIT, SMT, SMUL, SEHAB, SMDET, SMSUB e SEME.