Prefeitura de SP disponibiliza vacina contra HPV para meninos e meninas de 9 a 14 anos
A vacinação antes de se iniciar a atividade sexual é a forma mais eficaz para evitar o contágio precoce e diminuir o risco de desenvolvimento da infecção
- Data: 29/05/2023 10:05
- Alterado: 29/05/2023 10:05
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Vacinação
Crédito:Marcelo Camargo - Agência Brasil
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, disponibiliza, gratuitamente, a vacina contra HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas, que funcionam de segunda a sexta, das 7h às 19h. Aos sábados e feriados, ocorre nas AMAs/UBSs Integradas das 7h às 19h.
HPV é a abreviação em inglês para papilomavírus humano, um grupo de vírus que também dá nome a uma infecção sexualmente transmissível (IST), que pode provocar verrugas genitais e câncer, em homens e mulheres.
A forma mais eficaz de se prevenir contra o HPV é se vacinando, uma vez que somente o uso de preservativos (interno ou externo) na relação sexual não é suficiente para se proteger, porque o vírus pode estar presente em outras superfícies da pele, não protegidas pelas camisinhas, como vulva, períneo, bolsa escrotal e região pubiana.
Para isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente a vacina anti-HPV, que tem esquema de duas doses, sendo que a segunda aplicação deve ser feita seis meses após a primeira.
A importância de realizar a vacinação antes de iniciar a vida sexual é a mesma para meninas e meninos: quanto antes a imunização ocorrer, mais tempo e melhores condições eles terão para produzir os anticorpos contra o HPV, de forma que mais tarde, quando iniciarem sua vida sexual, estejam protegidos de todos os problemas causados pelo vírus.
Vacina protege contra quatro sorotipos do HPV
A vacina protege contra quatro tipos do vírus: os tipos 16 e 18, de alto risco para o desenvolvimento de cânceres, principalmente o câncer de colo do útero, câncer peniano e câncer de orofaringe; além dos tipos 6 e 11, causadores de verrugas genitais benignas como o condiloma acuminado. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou, em 2020, que mais de 500 mil mulheres foram diagnosticadas com a doença no mundo, com o registro de 342 mil óbitos.
Nos homens, a vacina protege contra os cânceres de pênis, orofaringe e ânus. Além disso, previne mais de 98% das verrugas genitais, doença estigmatizante e de difícil tratamento. Por serem muitas vezes portadores assintomáticos, os homens também podem ser responsáveis pela transmissão do vírus para suas parceiras, mais sujeitas a desenvolver complicações. Por isso, ao receber a vacina eles estão colaborando com a redução da incidência do câncer de colo de útero e vulva.
Além de crianças e adolescentes, a vacina contra o HPV está disponível ainda para homens e mulheres de até 45 anos imunossuprimidos (pessoas que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea e pacientes oncológicos). Nesse caso, são aplicadas três doses, sendo a segunda dose dois meses após a primeira, e a terceira dose seis meses após a primeira.
De olho na carteira de vacinação
É importante que pais e responsáveis mantenham a caderneta de vacinação das crianças e adolescentes atualizada. Na capital, a vacinação contra o HPV e outras doenças ocorre de segunda a sexta-feira em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas das 7h às 19h. Aos sábados e feriados, ocorre nas AMAs/UBSs Integradas das 7h às 19h.