População elege serviço público de saúde da capital o ‘Melhor de SP’ pelo 4º ano seguido
Pesquisa do Datafolha aponta que SUS da cidade, que tem R$ 22 bilhões de verba da Prefeitura, é mencionado por 13% dos entrevistados
- Data: 29/04/2024 09:04
- Alterado: 29/04/2024 09:04
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Crédito:Prefeitura de São Paulo
A população elegeu, pelo quarto ano seguido, a rede de saúde municipal da capital, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o melhor serviço público da cidade, segundo pesquisa “O Melhor de São Paulo”, do Instituto Datafolha e divulgada na sexta-feira (26) pelo jornal “Folha de São Paulo”.
O resultado da pesquisa é reflexo do grande investimento da gestão municipal na área da Saúde, que neste ano é de R$ 22 bilhões, e que permite levar atendimento de qualidade a toda a população, com uma rede composta por 1.037 equipamentos distribuídos em todas as regiões da cidade, dos quais, 26 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 471 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e o trabalho complementar e preventivo das 1.682 eSF (Equipes Estratégia Saúde da Família) e 9.506 ACS (Agentes Comunitários de Saúde), distribuídos pelas seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), além da qualificação dos profissionais e modernização dos equipamentos de saúde.
De acordo com o Datafolha, nesta edição da pesquisa, a rede municipal de saúde da capital paulista foi mencionada por 13% dos entrevistados. “Receber pelo quarto ano consecutivo esse reconhecimento da população é gratificante e especial para a equipe da Secretaria Municipal da Saúde, afinal, somos mais de 111 mil profissionais que trabalham diariamente a fim de ofertar a melhor assistência em saúde para os paulistanos, comemorou o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.
O SUS de São Paulo ganhou mais relevância entre a população após a pandemia de Covid-19. Em 2020, as referências à saúde municipal, incluindo equipamentos como Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e outros termos popularmente conhecidos como “postos de saúde”, somaram 16% (sendo 6% somente para o SUS). Em 2021 foram 23% de menções ao serviço (13% para o SUS), enquanto em 2022 foram 22% (11% para o SUS).
Zamarco ressaltou que os investimentos feitos pela gestão municipal possibilitaram aprimorar e modernizar a estrutura das unidades e incorporar novas ferramentas tecnológicas. “Nunca se investiu tanto em saúde e esse resultado mostra que estamos no caminho certo”, acrescentou o secretário.
Na publicação deste ano, o veículo deu destaque para à construção das 23 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), o que permitiu expandir o serviço na cidade. Até 2016, a cidade contava apenas com três UPAs, hoje são 26. Em 2023, por exemplo, foram entregues a UPA III Carrão – Masataka Oka e a ampliação da UPA Vera Cruz. Já as obras de implantação da UPA Parque Dorotéia aconteceram ao longo do ano de 2023, quando a unidade mudou de CNES e, em março de 2024, a unidade foi oficialmente entregue à população. No último dia 25, foi entregue a UPA Rio Pequeno, localizada no bairro do Butantã, a 26ª Unidade de Pronto Atendimento da capital.
Outro destaque foi a capilaridade da rede. A capital conta com 471 Unidades Básicas de Saúde distribuídas de acordo com as características geográficas e epidemiológicas de cada território e trabalham com consultas agendadas e acesso avançado, oferendo acolhimento da demanda espontânea em tempo integral para a população. Toda a área do município está coberta por uma UBS de referência. Além disso, a rede de Atenção Básica conta com 1.682 eSF (Equipe Estratégia Saúde da Família) e 9.506 ACS (Agentes Comunitários de Saúde), distribuídos pelas seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs).
O município conta também com outras configurações de equipe como: Multidisciplinar de Saúde Indígena (Emsi), exclusivas para o atendimento de indígenas aldeados; Consultório na Rua (ECR), que trabalha na abordagem, cadastramento e escuta qualificada de pessoas em situação de rua; e Multiprofissional da Atenção Primária (Emulti), composta por profissionais de diferentes áreas de conhecimento e que atuam de forma complementar e integrada às demais equipes.
A secretária-executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde, Sandra Sabino destaca a qualificação profissional e dos equipamentos de saúde como reflexo dessa opinião popular a respeito do SUS na capital. “Os serviços especializados e inovadores, como os polos de curativos, linhas de cuidados para a população LGBTIA+, transtorno do espectro autista (TEA) e outras, além do acesso a teleconsultas pelo aplicativo e-SaudeSP e os consultórios digitais nas UBSs são uma verdadeira revolução no atendimento à população”, argumenta.
Desde o seu lançamento, em junho de 2020, o e-saúdeSP alcançou a marca de 3,4 milhões de usuários cadastrados na plataforma. O aplicativo teve mais de 17 milhões de acessos e 6,35 milhões de downloads. Desde então, foram realizados 2.347.115 atendimentos, incluindo telemonitoramento e teleconsultas entre junho de 2020 e 15 de abril. No mesmo período, foram realizados 95.211 atendimentos pela Central @Covid, voltada para atendimento espontâneo de sintomáticos respiratórios para orientação ou teleatendimento, se necessário. Novos serviços também foram implantados como o Remédio na Hora, que permite ao munícipe saber em qual unidade está disponível o medicamento prescrito pelo médico.
Outra novidade foi o Consultório Digital para oferecer teleconsulta tanto em clínica geral como em outras especialidades. São Paulo foi a primeira cidade do Brasil a aprovar e regulamentar a prática segura e responsável da telemedicina. Só no primeiro trimestre de 2024 foram realizados 2.438 teleatendimentos.
Já o aplicativo Agenda Fácil, que permite agendar, confirmar e cancelar consultas e exames nas UBSs com mais comodidade, conta com 2.039.085 cadastros. Em 2024, já foram 762.940 agendamentos realizados por meio dessa plataforma.
Inovações
A atual administração já implantou várias inovações tanto na parte de gestão como na assistência, entre elas, destaque para os seis Centros de Referência da Dor Crônica distribuídos um em cada região da cidade. Somente em 2023, foram realizados 109.267 atendimentos. As unidades atendem adultos e adolescentes acima de 13 anos com histórico de tratamento de dor crônica de no mínimo três meses, independentemente da especialidade médica ou cirúrgica.
A implantação da Linha de Cuidado da Pessoa com Espectro Autista, protocolo intersecretarial que insere o paciente na gama de equipamentos municipais, realizou somente em 2023, 139.892 atendimentos na saúde.
Outra iniciativa pioneira na cidade de São Paulo, os Polos de Curativos, já realizaram desde sua implantação 110.635 curativos e 105.917 consultas. Esses equipamentos são providos com insumos de ponta e tecnologias regeneradoras, que aceleram processos de cicatrização e hidratação de pele, além do auxílio na nutrição e adaptação do paciente.
A pasta também implantou três Polos de Toxina Botulínica, em equipamentos que atendem pessoas com deficiência, sendo dois na zona sul (Grajaú e Parelheiros) e zona norte (Tucuruvi).
Já o Centro de Cuidados Odontológicos, inaugurado em janeiro de 2023, realizou 104.359 atendimentos entre janeiro de 2023 e abril deste ano.
Outro destaque foi a ampliação do funcionamento dos Hospitais Dias. Até 2016, as unidades faziam cirurgias de pequeno porte e funcionavam de segunda a sexta-feira, até às 19h. Atualmente, realizam cirurgias até média complexidade e 11 já passaram a funcionar 24h por dia. Em 2023, foram realizadas 1.196.170 exames, 121.609 pequenas e médias cirurgias e 83.090 endoscopias, colonoscopias e biópsias.
Com o Avança Saúde, a SMS também conseguiu responder as necessidades de saúde dos munícipes, promovendo iniciativas e atendimento intensivo de determinadas demandas nos territórios, como o Avança Saúde Mulher, Saúde do Homem, Oftalmologia, Avança Saúde da criança e adolescente, Avança Promoção à Saúde e Atenção às Doenças Crônicas como Hipertensão e Diabetes. Só na edição deste ano, o Avança Saúde Mulher superou a marca de 16 mil pessoas atendidas nas ações de prevenção e promoção à saúde. Na ocasião, foram realizados quase 10 mil testes de hepatites, mais de 7.500 testes de sífilis e mais de 7.500 testes de HIV. Também foram coletados mais de 8 mil exames de Papanicolau e solicitadas mais de 2 mil mamografias, além de outros procedimentos.
Todos esses investimentos resultaram em 69.802.181 procedimentos e consultas médicas realizadas em 2023 na Atenção Básica, 10.039.448 consultas em urgência e emergência na área hospitalar, 14.467.558 doses de vacinas aplicadas, 501.573 atendimentos odontológicos e 35.356 equipamentos de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção.
Unidades entregues e obras em andamento
Em 2016, o município contava com 451 UBSs, três UPAs e 20 hospitais municipais, contando com o Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM). Nos últimos dois anos, a gestão municipal aumentou o número de equipamentos para 471 UBSs, 26 UPAs e 30 hospitais.
A parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) possibilitou ao município reformar 88 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e requalificar 115 equipamentos.
A SMS investiu na ampliação e reestruturação dos hospitais, das UBSs, das UPAs, dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), entre outros. As Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCIs), Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) e Centros Especializados em Reabilitação (CERs) também receberam recursos para obras de melhorias.
A rede municipal de saúde de São Paulo conta hoje com 1.037 equipamentos distribuídos em todas as regiões da cidade. Ao todo são 471 UBSs, 30 Hospitais Municipais (HMs), 26 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 15 Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) 24h, seis AMAs 12h, 13 AMAs Especialidades (AMA-Es), 17 Hospitais Dia (HDs), 13 Ambulatórios de Especialidades (AEs), 12 Pronto-socorros (PSs) e Pronto Atendimentos (PAs); 216 equipamentos de saúde mental, sendo 102 Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs), 28 equipamentos voltados ao atendimento especializado das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)/Aids, 39 unidades de cuidado à saúde bucal, 34 de reabilitação, seis Centros de Referência de Dor Crônica, 48 Serviços de Atenção Domiciliar (SADs), 13 Unidades de Referência da Saúde do Idoso (Ursis), e 39 unidades ligadas à vigilância em saúde, entre outros.
Outros serviços, como o Samu, com 122 ambulâncias e 86 bases, Consultório na Rua, Programa Acompanhante de Idosos (PAI), Acompanhante da Pessoa com Deficiência (APD), Melhor Em Casa, Fralda em Casa e outros também estão disponíveis para garantir a saúde dos paulistanos em todas as suas necessidades. Os animais também recebem atenção, com quatro Hospitais Veterinários Públicos, e outra unidade em construção, em São Miguel Paulista, zona leste.
Atualmente, a rede conta com 111 mil profissionais e gestores, além de mais de 20 mil médicos no total.
Pesquisa Datafolha
A pesquisa é realizada anualmente desde 2015. Na primeira edição, o SUS teve apenas 2% das menções. Já nos últimos quatro anos, o SUS tem sido destaque e apontado como melhor serviço consecutivamente, ao lado do Metrô.
Em 2024, entre os dias 20 de fevereiro e 4 de março, o Datafolha realizou 1.008 entrevistas com pessoas com 16 anos ou mais, pertencentes às classes A e B da cidade de São Paulo. A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.