População de rua ganha centro para inserção no mundo do trabalho paulistano
Rede Cidadã, que atua junto à Prefeitura de São Paulo, comandará unidade que prevê atendimento a mais de 3 mil pessoas por semana.
- Data: 01/02/2024 10:02
- Alterado: 01/02/2024 10:02
- Autor: Redação
- Fonte: Rede Cidadã
Construção
Crédito:Fernando Frazão - Agência Brasil
A primeira unidade de atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade social do POT – Programa Operação Trabalho da Prefeitura de São Paulo, recém-inaugurada, contará com toda a expertise da Rede Cidadã para oferecer aulas de gastronomia, corte e costura, tecnologia e beleza aos beneficiários. A experiência da entidade na formação de cidadãos para o mundo do trabalho será um diferencial nesse projeto, desenvolvido pela administração municipal para oferecer capacitação, estimular a busca de ocupação e a reinserção no mercado formal.
“Mais do que a qualificação profissional, a Rede Cidadã se compromete com a formação socioemocional das pessoas, preparando-as para a autonomia. Sabemos que não basta capacitar e inserir em empregos, é preciso acompanhar o percurso dos usuários”, afirma Fernando Alves, diretor executivo da entidade.
O Centro POT – como é chamada a unidade do programa – da região central conta com capacidade para atendimento de mais de três mil pessoas por semana, em sistema de revezamento entre cursos de qualificação e frentes de trabalho. Na capital paulistana, a Rede Cidadã foi selecionada, por meio de edital para administrar o Centro POT central. A entidade também é responsável pela administração do Centro POT da região Sul. “Nós envolvemos toda a Prefeitura nesse programa, que é uma porta de entrada para fazer um curso profissionalizante e trabalhar. Um programa que serve de exemplo para o Brasil e para o mundo de uma ação concreta para o atendimento às pessoas mais vulneráveis”, disse o prefeito Ricardo Nunes.
Atualmente, o POT oferece 18 mil vagas, distribuídas em 17 projetos, que contam com uma bolsa que varia entre R$ 1.482,60 (30 horas semanais) e R$ 988,34 (20 horas semanais). Entre as ocupações em frentes de trabalho estão zeladoria, manutenção e apoio administrativo. Os serviços prestados nessas frentes são realizados em locais públicos, dando ao usuário a oportunidade devolver à cidade o apoio recebido.
De acordo com a secretária municipal de Desenvolvimento e Trabalho, Aline Cardoso, os cursos oferecem formação nos segmentos que mais empregam e são vocações da cidade. “É uma maneira efetiva de incluir essas pessoas no mercado de trabalho, nesse programa que vem crescendo por ser inovador e transformador. É uma estratégia de saída qualificada das ruas para uma oportunidade real de transformação de vida a essas pessoas vulneráveis”, explica a secretária.
Para participar é necessário seguir critérios como ter mais de 18 anos, morar na cidade de São Paulo, estar desempregado há mais de quatro meses e não receber benefícios como seguro-desemprego, FGTS, entre outros. A renda familiar permitida é de até meio salário-mínimo por pessoa da família.