Policial militar é filmado dando tapa em pessoa dentro de estação do metrô de SP

O PM foi identificado pela Secretaria da Segurança Pública e afastado do seu cargo. Leia a Nota de repúdio e providências do PSB-SP

  • Data: 08/04/2024 15:04
  • Alterado: 08/04/2024 15:04
  • Autor: RedaçãoABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Policial militar é filmado dando tapa em pessoa dentro de estação do metrô de SP

Policial militar é filmado dando tapa em pessoa dentro de estação do metrô de SP

Crédito:Reprodução - Redes Sociais

Você está em:

Um policial militar foi afastado após ser filmado agredindo uma pessoa na Estação da Luz da Linha 1-Azul do Metrô de São Paulo. O PM foi identificado pela Secretaria da Segurança Pública e afastado do seu cargo. A pasta disse ainda que “lamenta o ocorrido” e que um Inquérito Policial-Militar (IPM) foi instaurado para “apurar as circunstâncias dos fatos”.

No vídeo, compartilhado neste domingo, 7, pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), uma pessoa, que não foi identificada, aparece jogada no chão da plataforma da Linha 1-Azul na Estação da Luz.

O policial está em pé, sobre ela, perguntando repetidamente se ela estaria vendendo algo – o comércio de produtos é proibida nas dependências do metrô. A data do episódio e a identidade dos envolvidos no episódio não foram revelados.

Os dois discutem até que o policial dá um tapa no rosto da pessoa. No vídeo, é possível ouvir o barulho da agressão. A pessoa agredida usava uma bermuda com as cores da bandeira LGBT+.

Nota de repúdio e providências do PSB-SP

Circulou no último domingo (7/4), imagens da estação da Luz de metrô, onde vemos uma pessoa sentada, desarmada, sem oferecer qualquer resistência ou ameaça ser vítima de uma abordagem virulenta, covarde e extremamente agressiva por parte de um representante da PM, que mesmo sendo ostensivamente filmado, segue com as ameaças e disfere um tapa fortíssimo no rosto da vítima.

Chama a atenção a banalidade da violência extremada da abordagem, a gratuidade da agressão e a absoluta falta de decoro e preparo para o uso da farda da corporação, por um indivíduo perceptivelmente sem controle ou respeito pela vítima.

Um policial que usa farda para oprimir a população não compreende o papel que representa e, exerce em nome do estado, condutas de violência institucionalizada.

Em face de um ato tão covarde e injustificado, resta-nos a provocação à corregedoria da PMSP, ao Ministério Público de São Paulo para que apurem os fatos e ofereça a merecida denúncia, para que a apuração ocorra sem obstáculos. É fundamental que esse indivíduo seja afastado imediatamente das atividades que exerce na PMSP.

Grupos vulnerabilizados não podem ser classificados como pessoas perigosas ou devem ser vítimas de ofensores fardados, que pensam que podem cometer crimes, sem nenhuma punição.

O PSB-SP, por meio do seu secretariado LGBT Socialista, repudia a referida ação. E por uma questão de justiça à vítima exigiremos que seja aberto procedimento junto à corregedoria e que o Ministério Público do Estado de São Paulo acompanhe todo o procedimento de apuração para futura denúncia, que a vítima possa ser atendida pela defensoria do Estado e, que dessa forma todas as providências na seara criminal e cível sejam tomadas para atenuar os efeitos dos danos e as consequências das ameaças e da agressão física suportada pela mesma.

William Callegaro Secretário Estadual do Segmento LGBT do PSB – SP
Secretário Estadual do Segmento LGBT do PSB – SP

Marcio França
Presidente do PSB do Estado de São Paulo

Assinam como colaboradores dessa nota os advogados:
Dr. Paulo Iotti
Dra. Carolina Ferraz
Dra. Heloisa Alves

Assinam como colaboradores dessa nota os ativistas LGBTs:
Toni Reis
Abner Tofanelli

Compartilhar:

  • Data: 08/04/2024 03:04
  • Alterado:08/04/2024 15:04
  • Autor: RedaçãoABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados