PF investiga grupo que enviou R$ 1,6 bilhão para sites de apostas esportivas no exterior

Valor era convertido em criptomoedas para ocultar transferências; grupo aplicava golpes na internet e fazia lavagem de dinheiro, segundo investigação

  • Data: 30/10/2024 13:10
  • Alterado: 30/10/2024 13:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Vitor Hugo Batista/Folhapress
PF investiga grupo que enviou R$ 1,6 bilhão para sites de apostas esportivas no exterior

Crédito:Bruno Peres/Agência Brasil

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A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (30), uma operação contra um grupo responsável por movimentar cerca de R$ 1,6 bilhão em menos de três anos para plataformas estrangeiras, principalmente de apostas esportivas ilegais. O grupo também aplicava golpes na internet e realizava lavagem de dinheiro, segundo a investigação.

A operação Backyard (quintal, em inglês) cumpriu nove mandados de busca e apreensão em Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes, no estado de Santa Catarina, e em Olinda, em Pernambuco.

Segundo a PF, o grupo utilizava empresas de fachada de serviços de pagamento para movimentar o dinheiro. Parte desses valores era convertido em criptomoedas, que eram transferidas para carteiras digitais fora do Brasil.

Há também indícios de que o grupo ampliou suas atividades para países da América Latina e em Portugal, de acordo com a PF.

As transferências para o estrangeiro configuram crime de evasão de divisas, já que os valores deixavam o país de forma não declarada e sem o devido controle das autoridades.

Esse processo é utilizado para evitar impostos ou esconder a origem ilícita dos recursos. No caso do grupo, o valor tinha origem ligada a apostas esportivas não regulamentadas.

Além disso, foram identificados fluxos financeiros dedicados à lavagem de dinheiro para terceiros, incluindo agentes públicos e suspeitos de envolvimento em tráfico de drogas.

A PF cumpriu ainda ordens judiciais de indisponibilidade de bens e de valores que podem atingir R$ 70 milhões, incluindo bloqueio de criptoativos.

Os valores podem ser ainda maiores, porque as empresas de fachada eram usadas para dificultar a rastreabilidade dos recursos.

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  • Data: 30/10/2024 01:10
  • Alterado:30/10/2024 13:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Vitor Hugo Batista/Folhapress









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