‘PewDiePie’ e Brasil foram citados por atirador da Nova Zelândia

Sueco Felix Kjellberg está no topo do YouTube do site de vídeos do Google, com 89 milhões de seguidores; atirador também critica Brasil por miscigenação

  • Data: 16/03/2019 11:03
  • Alterado: 16/03/2019 11:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
‘PewDiePie’ e Brasil foram citados por atirador da Nova Zelândia

Crédito:Reprodução

Você está em:

 “Lembrem-se: assinem o canal do PewDiePie”. Nos últimos meses, a frase tomou conta da internet: era uma campanha para manter o youtuber sueco Felix Kjellberg, conhecido na rede como PewDiePie, no topo do site de vídeos do Google.

Na sexta-feira 15, porém, a frase ganhou contornos trágicos: foi dita por Brenton Tarrant durante a transmissão que fez dos ataques em Christchurch no Facebook. Ao saber da notícia, PewDiePie se disse “enojado com a citação”. Em uma publicação em sua conta no Twitter, Kjellberg prestou respeito “às vítimas, às famílias e a qualquer um que tenha sido afetado pela tragédia.”

AUTOR DE ATAQUES NA NOVA ZELÂNDIA CRITICA BRASIL POR MISCIGENAÇÃO
No manifesto em que justifica o ataque a duas mesquitas na Nova Zelândia, Brenton Tarrant cita o Brasil entre os países que fracassaram em razão da miscigenação racial. “O Brasil com sua diversidade racial é completamente fraturado como nação, um lugar onde as pessoas se separam e se segregam quando querem”, escreveu.

O texto intitulado “The Great Replacement” (“A Grande Substituição”, em tradução livre) faz referência a uma teoria originada na França, segundo a qual “os povos europeus estão sendo substituídos por populações de imigrantes não europeus”.

Em um dos capítulos do manifesto chamado “Diversidade é fraqueza”, o autor do massacre na mesquita Al-Noor questiona o motivo de “políticos, educadores e mídia” repetirem que “a diversidade é nossa principal força”.

“As nações ‘diversificadas’ ao redor do mundo são palcos de conflitos sociais, políticos, religiosos e étnicos intermináveis”, afirma o atirador, citando EUA e Brasil como exemplos disso.

O manifesto detalha dois anos de radicalização e preparativos e afirma que um dos principais momentos para ele foi o fracasso da líder de ultradireita Marine Le Pen nas eleições francesas de 2017.

Compartilhar:

  • Data: 16/03/2019 11:03
  • Alterado:16/03/2019 11:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados