Pescadores artesanais e agricultores familiares avançam para comercializar produtos na Ceagesp
Frente da Pesca, coordenada pelo deputado Luiz Claudio Marcolino, atua para garantir esse direito.
- Data: 13/02/2025 19:02
- Alterado: 13/02/2025 19:02
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Assessoria
Agricultores familiares e pescadores artesanais poderão ter o direito de comercializar seus produtos de forma direta no maior entreposto da América Latina. Em reunião realizada na segunda-feira, (10), no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), a Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento e Proteção à Pesca Artesanal e à Aquicultura, coordenada pelo deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT), atuou junto à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) para avançar nesse processo de inclusão.
Na reunião, foram discutidos os caminhos para viabilizar a comercialização direta dos produtos da agricultura familiar e da pesca artesanal, reduzindo a dependência dos atravessadores e garantindo melhores condições de venda para esses trabalhadores. Para isso, a CEAGESP prevê disponibilizar cerca de 300 áreas no atacado e no varejo até 2028, com um edital previsto para abril de 2025.
Lucinei Paes, gestora técnica e assessora parlamentar da Frente, destacou a importância dessa iniciativa para a inclusão produtiva de diferentes setores. “Essa reunião foi o primeiro passo para levantar as demandas e compreender as características da agricultura familiar, dos pescadores, dos quilombolas e de outros grupos que precisam de um espaço na CEAGESP. Agora, vamos aprofundar essa discussão para desenhar um modelo justo e inclusivo para a comercialização direta dos produtos”, afirmou a assessora do deputado Marcolino.
A secretária de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar do MDA, Ana Terra Reis, reforçou a relevância desse processo: “Nosso objetivo foi promover uma escuta com organizações de diversos setores, entendendo suas demandas e como podemos potencializá-las para garantir que tragam comida boa e de qualidade para a população de São Paulo”.
Também esteve presente a superintendente nacional do MDA, Patrícia Apolinário. Representando a CEAGESP, o diretor-presidente José Lourenço Pechtoll enfatizou a estratégia de ampliação dos espaços destinados à agricultura familiar, com a meta de disponibilizar cerca de 300 áreas até 2028. Segundo ele, “estamos avançando para publicar um edital de seleção de produtores e produtoras”.
Estiveram presentes também representantes da Unisol São Paulo, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) de São Paulo, da Colônia de Pescadores e Aquicultores Z12, da Colônia de Pescadores da Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral (CATI), do Fórum da Pesca Artesanal Estadual e da Superintendência Regional do Incra em São Paulo.
Como próximo passo, a CEAGESP e o MDA realizarão reuniões individuais com cada organização envolvida para definir os critérios de participação, modelos de ocupação dos espaços e viabilidade financeira do projeto. A Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento e Proteção à Pesca Artesanal e à Aquicultura seguirá acompanhando de perto o avanço dessas tratativas, reforçando seu compromisso com o fortalecimento da pesca artesanal e da agricultura familiar no estado de São Paulo.