Pediatra alerta para aumento de doenças virais com o retorno às aulas
Confira dicas de higiene, alimentação e vacinação para um ano letivo saudável
- Data: 05/02/2025 14:02
- Alterado: 05/02/2025 14:02
- Autor: Redação
- Fonte: Aida Sardi
Sala de aula
Crédito:Rovena Rosa - Agência Brasil
Com o início do ano letivo, as instituições de ensino se tornam um ambiente propício à propagação de doenças virais entre os estudantes. As infecções mais frequentes nessa época incluem resfriados, gripes, faringite, otite, conjuntivite e amigdalite, conforme esclarece a pediatra Aida Sardi, do Hospital Leforte.
O regresso às aulas resulta em uma maior interação social entre as crianças, que compartilham brinquedos e objetos, o que facilita a transmissão de vírus e bactérias. “Esse aumento da convivência em grupo acarreta uma maior exposição a doenças infecciosas”, explica a especialista.
Para mitigar os riscos de contaminação, a médica enfatiza a importância da higiene pessoal, especialmente a lavagem das mãos com água e sabão antes das refeições e após o uso do banheiro ou episódios de tosse e espirros. Além disso, Aida oferece outras orientações para prevenir doenças nesse período crítico.
Fortalecimento da Imunidade
A pediatra destaca que uma alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas são essenciais para reforçar o sistema imunológico das crianças. Atividades ao ar livre e brincadeiras também são recomendadas para diminuir a gravidade dos sintomas em caso de infecção.
Vacinação como Estratégia Preventiva
A vacinação continua sendo uma ferramenta crucial na prevenção de doenças respiratórias. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina trivalente contra influenza A (H1N1 e H3N2) e B. De acordo com o Instituto Butantan, essa vacinação é fundamental para evitar complicações graves como pneumonia e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
A gerente médica de segurança do Butantan, Karina Miyaji, informa que a formulação da vacina contra a gripe para 2024 abrange as cepas predominantes no hemisfério Sul, visando proteger especialmente as crianças pequenas, que estão mais vulneráveis aos quadros graves.
Avaliação dos Sintomas
A pediatra Aida Sardi recomenda que os pais observem a intensidade dos sintomas apresentados pelas crianças. Para aqueles com sinais leves que permanecem ativos e brincando sem desconforto respiratório, é possível mantê-los em casa com monitoramento constante.
No entanto, é essencial buscar atendimento médico imediato se a criança apresentar febre alta, tosse persistente, coriza intensa, dificuldade para respirar ou sinais de desidratação. Isso se torna ainda mais urgente se houver condições pré-existentes como asma ou diabetes.
Caso haja suspeita de alguma infecção viral, Aida orienta que os responsáveis informem à escola e mantenham a criança afastada até que todos os sintomas desapareçam, minimizando assim o risco de contágio entre os colegas.