Paradas pedagógicas promovem formação e atualização dos profissionais das creches conveniadas de Diadema
Educadoras, coordenadoras, auxiliares e estagiárias estão passando por formações relacionadas aos ateliês de artes, com foco no atendimento de crianças de 0 a 3 anos
- Data: 19/04/2024 13:04
- Alterado: 19/04/2024 13:04
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Paradas pedagógicas
Crédito:Alvaro Bodas
A rede de creches conveniadas da Prefeitura de Diadema está passando por uma série de formações, durante todo o mês de abril, que visam atualizar, estimular a criatividade e também compartilhar boas práticas que possibilitem a expressão e a produção da cultura da infância das crianças de 0 a 3 anos atendidas no município. As paradas pedagógicas servem como processo formativo, reciclagem, atualização e troca de experiências exitosas para as 33 creches conveniadas da rede.
Os encontros reúnem os profissionais sob a coordenação de Ronnie Corazza, formador e arte-educador que, neste ciclo, traz conceitos e sugestões de como trabalhar os ateliês de artes, envolvendo linguagens como desenho, pintura, música e dança, e como essas propostas combinadas podem ser desenvolvidas com as crianças aproveitando os espaços disponíveis em cada creche. Durante as atividades em grupo, as professoras são estimuladas também a trocar experiências, vivências e boas práticas.
Reunidas na Creche Espaço Solidário VIII, na tarde da última quarta (17), profissionais de três creches puderam vivenciar a importância de trabalhar com a imaginação, a criatividade, e a liberdade de expressão nos ateliês de arte com as crianças, utilizando diversos materiais disponíveis, como tintas à base de terra e carvão, canetas hidrocor, giz de cera, pincéis e materiais como papel, papelão e tecidos. Divididas em grupos, as educadoras exercitaram a criatividade de várias formas e ampliaram o repertório para trabalhar as múltiplas linguagens.
“Já estou tendo várias ideias para colocar em prática no dia a dia. Vemos que existem várias possibilidades de materiais e de atividades, e outras que podemos adaptar para as crianças a partir do que aprendemos aqui”, afirmou Mônica Barros dos Santos, educadora do Espaço Solidário Unidade VIII. Noemi Cerqueira de Almeida, auxiliar de sala na Creche Jêsue DII, concorda: “essas formações são super importantes pra nós, ajudam muito na nossa criatividade, imaginação e liberdade de expressão. Hoje adquiri mais conhecimento para desenvolver atividades artísticas com as crianças da creche”.
Pedagogia participativa
Mayara Portela, coordenadora pedagógica das creches conveniadas da Secretaria de Educação, explica que, nos últimos anos, a Secretaria está trabalhando nas escolas de educação infantil o conceito de pedagogia participativa, que coloca a criança no centro do processo de aprendizagem, incentivando sua participação ativa e engajada, e estimula a aprendizagem por meio da ação. “Partimos das necessidades das crianças, da realidade delas para planejar as propostas e organizar os espaços”, detalha. “É diferente de uma concepção tradicional, que não visualiza a criança como produtora de conhecimento.” Ronnie completa: “nesse processo, as crianças pequenas aprendem por meio do contato direto com os materiais, testando, experimentando, misturando. Isso estimula e exercita o pensamento e elas vão construindo as próprias respostas para as questões sobre o mundo ao seu redor”.
As educadoras ainda refletiram sobre como expor as produções das crianças, sempre na altura delas e de formas interativas, reforçando que o espaço se torna um outro educador, e discutiram estratégias de como criar um espaço adaptado para um ateliê de artes mesmo em unidades que não possuem uma área ideal para isso. Além de reforçar a importância de povoar o espaço com imagens e obras de artistas do Brasil e do mundo, ampliando o repertório visual das crianças e enriquecendo o seu desenvolvimento.
“Todo esse conhecimento é muito útil, porque expande o nosso repertório e nos ajuda a ter ideias para trabalhar com as crianças, fugindo um pouco dos materiais ‘tradicionais’, usando a imaginação, abrindo os nossos horizontes e, consequentemente, o das crianças”, conclui Cristiliane Almeida de Freitas, coordenadora do Espaço Solidário VIII.