Pacheco critica tentativa de mudar sistema eleitoral

De acordo com o parlamentar, não é razoável mudar o sistema eleitoral de 2017

  • Data: 06/08/2021 15:08
  • Alterado: 06/08/2021 15:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Pacheco critica tentativa de mudar sistema eleitoral

Crédito:Pedro Gontijo / Senado Federal

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), criticou a sugestão de mudança do sistema eleitoral vigente, o proporcional para o “Distritão”. De acordo com o parlamentar, não é razoável mudar o sistema eleitoral de 2017. “Temos criatividade legislativa no Brasil de tentar mudar as regras com a bola rolando”, ironizou.

Em entrevista à GloboNews, contra a proposta, Pacheco declarou que, para se ter um sistema eleitoral mais eficiente no País, é preciso reduzir o número de partidos políticos, e dar condições igualitárias de disputa a todos. “No Senado há tendência à manutenção do sistema proporcional, com cláusula de barreiras”, afirmou.

No modelo “Distritão”, que já foi rejeitado duas vezes pela Câmara dos Deputados, os candidatos disputam votos em todo o Estado, que passam a ser considerados distritos, com a mesma quantidade de vagas no parlamento atual. No caso de São Paulo, seriam eleitos apenas os 70 mais votados da lista final para a Câmara, desprezando-se os votos recebidos pelos demais.

A tendência é que a campanha para deputado seja semelhante a uma eleição majoritária, como a de governadores, prefeitos, senadores e presidente.

No sistema proporcional, usado atualmente, o eleitor pode votar tanto em partidos quanto em candidatos. A Justiça Eleitoral calcula o quociente eleitoral, levando em conta somente os votos válidos e a quantidade de cadeiras em disputa em cada Estado. A partir desse quociente é feita a definição do número de vagas a que cada coligação ou partido isoladamente terá direito. Elas são ocupadas pelos mais bem votados das listas.

Políticos contrários à ideia afirmam que o “Distritão” encarece o custo do pleito, pois o candidato faria campanha no Estado inteiro. Também argumentam que reduz a alternância de poder e atrapalha a renovação, pois a tendência é os partidos lançarem como candidatos apenas os que já têm “recall” e demonstram capacidade de atingir votação para ganhar a eleição em cada distrito. Os que possuem mandato atualmente sairiam beneficiados por tradicionalmente terem acesso a mais recursos para bancar as despesas.

Crise entre Poderes

O presidente do Senado avaliou, na entrevista, que a situação entre os Poderes “não vai bem” e rebateu os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao Judiciário. Em sua avaliação, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, fez um pronunciamento “importante” contra o chefe do Executivo, na quinta-feira (5). “Nem o presidente da República nem qualquer cidadão pode agredir a Suprema Corte do País”.

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  • Data: 06/08/2021 03:08
  • Alterado:06/08/2021 15:08
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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