Pablo Marçal é indiciado pela PF por laudo falso contra Boulos
O empresário Marçal compareceu à Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, onde prestou depoimento por cerca de três horas
- Data: 08/11/2024 14:11
- Alterado: 08/11/2024 14:11
- Autor: Redação/AI
- Fonte: G1
Pablo Marçal (PRTB)
Crédito:Divulgação
Nesta sexta-feira (8), a Polícia Federal indiciou Pablo Marçal, candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, sob a acusação de uso de documento falso. A investigação aponta que Marçal divulgou um laudo fraudulento contra Guilherme Boulos, do PSOL, nas vésperas do primeiro turno das eleições municipais. Segundo o laudo pericial da PF, a assinatura atribuída ao médico responsável pelo documento é falsa.
O empresário Marçal compareceu à Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo, onde prestou depoimento por cerca de três horas. Em sua declaração, negou qualquer envolvimento direto com o caso e alegou que a postagem do documento foi realizada por sua equipe.
A perícia da PF analisou minuciosamente a assinatura atribuída ao médico José Roberto de Souza, que já faleceu. O médico nunca atuou na clínica mencionada no documento e não realizava atendimentos relacionados a dependência química. A comparação das assinaturas levou os peritos a concluir que o documento apresentado por Marçal não foi assinado pelo médico falecido.
Além disso, Luiz Teixeira da Silva Junior, sócio da clínica Mais Consultas—citada no laudo falso—negou envolvimento na criação do documento. Ele afirmou que seu nome e o da clínica foram utilizados sem autorização. Este episódio motivou a filha do médico falecido a entrar com uma ação judicial contra Marçal, pedindo sua inelegibilidade.
O caso ganhou ainda mais atenção quando a Justiça Eleitoral determinou a remoção da postagem nas redes sociais e suspendeu os perfis de Marçal no Instagram. A campanha de Boulos também entrou com um pedido na Justiça para prisão e cassação da candidatura de Marçal.
A reputação de Luiz Teixeira da Silva Junior, proprietário da clínica envolvida, já estava comprometida devido a condenações anteriores por falsificação de documentos acadêmicos. Após o escândalo vir à tona, suas redes sociais foram desativadas.
O desenrolar deste caso traz à tona questões importantes sobre ética e responsabilidade no uso de informações durante campanhas eleitorais, destacando a importância de um processo político transparente e justo.