OSESP segue com maestro Thierry Fischer e pianista Stephen Hough

Orquestra e Coro fazem programa com obras de Ligeti (‘Lux Aeterna’), do brasileiro Alberto Nepomuceno (‘Série Brasileira’) e de Rachmaninov (como seu ‘Concerto nº 1 para Piano’, com Hough)

  • Data: 03/07/2023 14:07
  • Alterado: 03/07/2023 14:07
  • Autor: Redação
  • Fonte: Osesp
OSESP segue com maestro Thierry Fischer e pianista Stephen Hough

Stephen Hough e Thierry Fischer

Crédito:Laura Manfredini

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Dando continuidade à Temporada 2023 – Sem Fronteiras, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp se apresenta na Sala São Paulo entre quinta-feira (06/jul) e sábado (08/jul) novamente sob a batuta de seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, e com o pianista britânico Stephen Hough – ele é o Artista em Residência desta Temporada. O Coro da Osesp também estará no palco nessas apresentações. O programa é eclético e terá peças de Ligeti (Lux Aeterna), Alberto Nepomuceno (sua Série Brasileira) e duas de autoria do russo Sergei Rachmaninov (Rapsódia Sobre um Tema de Paganini e o Concerto nº 1 para Piano, com Hough como solista). Vale lembrar que a performance de sexta-feira (07/jul), às 20h30, será transmitida ao vivo no canal oficial da Osesp no YouTube.

Criado como ateu, György Ligeti (1923-2006) nunca aceitou nenhuma doutrina religiosa. No entanto, em meados dos anos 1960, compôs dois trabalhos de impacto revelador de sua influência religiosa: Réquiem, para dois solistas, dois coros e orquestra, e Lux Aeterna, para 16 vozes solo. São diferentes de quaisquer outras peças sacras anteriores. O platô da “mais alta música” é mantido em Lux Aeterna e em sua companheira orquestral, Lontano [Distante]. Ambos os trabalhos têm características de objetos ocultos, ou de paisagens oníricas em que o som se transforma numa superfície tangível. No início de 1968, poucos meses depois da estreia de Lontano, um amigo americano escreveu a Ligeti com a notícia de que o diretor cinematográfico Stanley Kubrick havia lançado um épico de ficção científica intitulado 2001: Uma Odisseia no Espaço, no qual eram ouvidas nada menos que quatro partituras de Ligeti – RéquiemLux AeternaAtmosphères e Aventures. Embora o diretor não tivesse pedido permissão, e só tenha pago alguma coisa depois de uma demorada batalha judicial, Ligeti expressou admiração pela realização de Kubrick.

Concerto nº 1 para Piano, iniciado em 1889 e terminado em 1891, marca uma etapa importante na evolução da escrita do jovem Sergei Rachmaninov (1873-1943). Diferentemente de esforços anteriores, aqui o talento melódico já não se alterna com acessos febris, com estrondos pianísticos; ao contrário, ambos se unem e trabalham a sonoridade concertante. O sinal de que Rachmaninov ganhou segurança é que ele não hesita em iniciar o primeiro movimento com um rasgo pianístico de força inaudita. Impactante, esse primeiro opus é verdadeiramente genial.

Série Brasileira (1888-96) está entre as obras mais conhecidas de Alberto Nepomuceno (1864-1920). O título é curioso, uma vez que o conjunto, agrupando peças com características dançantes e independentes, talvez pudesse ter sido chamado de suíte; mas o autor optou por uma expressão em português, assim como preferiu “Intermédio” ao italiano intermezzo. E, de fato, os títulos de cada uma das partes auxiliam na caracterização dos ritmos e movimentos (como Alvorada na SerraSesta na Rede e Batuque).

Também de autoria de Rachmaninov, a Rapsódia Sobre um Tema de Paganini (1934) tem um forte componente de burla, especialmente por não ser uma rapsódia, mas, sim, um tema com variações, bem fundamentado nos exemplos de Beethoven e Tchaikovsky. Essas variações agrupam-se em unidades maiores, que dão a impressão de constituir os três movimentos de um concerto convencional. O “Tema” – do Capriccio nº 24 de Paganini –, com seu contorno esbelto e neutralidade expressiva, só é apresentado depois da primeira variação.

SERVIÇO

06 de julho, quinta, às 20h30

07 de julho, sexta, às 20h30 – Concerto Digital

08 de julho, domingo, às 18h00

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos

Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares

Recomendação etária: 07 anos

Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 258,00 (preços inteiros)

Bilheteria (INTI): Neste link

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  • Data: 03/07/2023 02:07
  • Alterado:03/07/2023 14:07
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