Osesp e Coros recebem portugueses Nuno Coelho e André Hencleeday

De quinta (12/out) a sábado (14/out), regente e solista portugueses encontram corpos artísticos da casa para apresentar a estreia latino-americana da obra Inferno

  • Data: 16/10/2023 17:10
  • Alterado: 16/10/2023 17:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: OSESP
Osesp e Coros recebem portugueses Nuno Coelho e André Hencleeday

Nuno Coelho

Crédito:©Andrej-Grilc

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Dando continuidade à Temporada 2023 – Sem Fronteiras, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp toca de quinta (12/out) a sábado (14/out) na Sala São Paulo com o Coro da Osesp e o Coro Acadêmico e uma dupla de convidados portugueses. Sob o comando do regente Nuno Coelho e com o multinstrumentista André Hencleeday, nossos músicos fazem a estreia latino-americana de Inferno, de Nuno da Rocha, uma das encomendas desta Temporada. O repertório inclui, ainda, a Sinfonia nº 36 de Mozart e As Travessuras de Till Eulenspiegel, de Richard Strauss. Vale lembrar que a apresentação da Osesp de sexta (13/out), às 20h30, terá transmissão digital no canal da Orquestra no YouTube.

Também no sábado (14/out), teremos o penúltimo recital da Festa Internacional do Piano – FIP Jazz deste ano, com o pianista português Filipe Raposo, que apresentará diversas composições de sua autoria. Os ingressos estão disponíveis no site. (Originalmente, este concerto contaria também com a presença do israelense Uriel Herman — é junto a ele que Filipe Raposo desenvolveu o projeto “Dois Pianos, Um Universo”, que seria apresentado na noite de sábado. A participação de Uriel, que viria de Tel Aviv, não se fez possível devido à guerra que assola sua região e à impossibilidade de ele deixar o país.)

Tendo estreado mundialmente em 5 de maio de 2020, em Lisboa, Inferno é uma composição para multi-instrumentista, coro e orquestra, do português Nuno da Rocha (1986-). Foi encomendada em colaboração entre a Fundação Osesp e a Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa, como parte do projeto SP-LX – Nova Música. Na obra, um homem, sem saber por quê, aproxima-se das portas e, em seguida, entra no Inferno. Na estranheza de sua existência, vê-se a si próprio como nunca tinha se visto.

A Sinfonia nº 36 foi escrita em apenas três dias, na cidade de Linz, Alemanha, e teve sua estreia mundial em 4 de novembro de 1783, pela Orquestra Ballhaus, sob regência do próprio Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Naquele ano, o compositor fez uma viagem para Salzburgo para visitar seu pai e irmã, acompanhado de sua esposa Constanze. No caminho de retorno à Viena, Mozart soube que, em Ebelsberg, cidade vizinha a Linz, haveria a récita de uma ópera “à qual toda Linz iria”. Ali, foram recebidos pelo conde de Thun, membro da mesma família de mecenas de Mozart em Viena, que fez questão de hospedá-los afetuosamente. Em contrapartida, Mozart aceitou completar o programa do concerto que a orquestra do conde apresentaria: “como não tenho nenhuma sinfonia em mãos, estou escrevendo uma nova a todo vapor”.

As Travessuras de Till Eulenspiegel foi baseada no personagem irreverente, burlesco e trapaceiro da cultura oral alemã, e remonta à Idade Média. Inspirado em uma pessoa real que talvez teria vivido no século XIV, Till zomba principalmente das figuras de autoridade, revelando a hipocrisia social. É interessante que seu nome, Eulenspiegel, seja uma junção das palavras alemãs para “coruja”, um símbolo associado às bruxas e ao desconhecido, e “espelho”, aquilo que nos mostra quem verdadeiramente somos. A figura traça paralelos com Pedro Malasartes, personagem de origem medieval da cultura ibérica e que também achincalha o status quo. Curiosamente, Strauss não ofereceu ao público um programa definido da peça na estreia, em 5 de novembro de 1895, deixando que “os alegres habitantes de Colônia adivinhassem o que o malandro lhes aprontou por meio dos truques musicais”. Posteriormente, o compositor forneceu informações baseadas nas anotações de sua partitura.

A Festa Internacional do Piano – FIP Jazz e Clássica tem o patrocínio do Bradesco, copatrocínio da igc e apoio do Mattos Filho, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Fundação Osesp, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Ministério da Cultura e Governo Federal – União e Reconstrução.

A Osesp e a Sala São Paulo são equipamentos do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Fundação Osesp, Organização Social da Cultura.

SERVIÇO

19 de outubro, quinta-feira, às 20h30
20 de outubro, sexta-feira, às 20h30 – Concerto Digital
21 de outubro, sábado, às 16h30
21 de outubro, sábado, às 20h30 [FIP Jazz]

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 7 anos
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 258,00 [Osesp]; entre R$ 39,60 e R$ 100,00 [FIP Jazz]
Bilheteria (INTI): neste link

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  • Data: 16/10/2023 05:10
  • Alterado:16/10/2023 17:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: OSESP









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