Osesp, Coro da Osesp e solistas apresentam Mozart e Brahms

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp realiza na Sala São Paulo, entre 28 e 30/abr, o primeiro de seus cinco encontros com o Coro da Osesp agendados para 2022. Sob a batuta do maestro alemão Alexander Liebreich, e com a participação dos solistas Lina Mendes, Luisa Francesconi, Petr Nekoranec e Ludwig Mittelhammer, além do Coro Acadêmico da Osesp, nossa Orquestra apresenta um repertório emocionante, que inclui as obras sacras Ave Verum Corpus e a Missa em Dó Maior — Da Coroação, ambas do mestre Wolfgang Amadeus Mozart, e a Segunda Sinfonia de Johannes Brahms. A performance de 29/abr terá transmissão digital no canal da Osesp no YouTube.

Baseado em um texto da Eucaristia católica, o moteto Ave Verum Corpus (1791) foi dedicado a Anton Stoll, professor, organista e diretor de um coro local em Baden, região próxima a Viena e em cujas estâncias termais Constanze, esposa do compositor, costumava buscar tratamento. A peça foi escrita para o domingo que sucede a festa de Corpus Christi, em agradecimento a esse amigo, que, além de encontrar acomodação para a família na cidade, ajudava sempre a resolver as inúmeras questões da vida diária. Absolutamente adequado para o coro da pequena cidade para o qual foi escrito — Mozart levava sempre em conta os intérpretes para os quais escrevia —, o Ave Verum Corpus é uma joia perfeita, apesar de sua ambição limitada e de seu tamanho modesto — menos de 50 compassos. Hoje em dia é uma das peças sacras mais executadas no mundo todo, talvez exatamente pela serenidade e despojamento que prescinde de qualquer artifício, deixando à mostra apenas a beleza tranquila de uma devoção sincera.

A Missa em Dó Maior foi uma das primeiras obras que Mozart compôs como funcionário da Catedral de Salzburgo. Ela é tida, geralmente, como a mais bem-sucedida das muitas versões de Mozart para o texto do ordinário da missa e um dos pontos mais altos de sua criação sacra. Trafega tão bem entre os extremos, que é classificada por alguns como missa brevis — devido a seu comprimento — e, por outros, como missa solemnis, pois contém todas as seções do ordinário. Devido a seu caráter festivo e, provavelmente, em razão de ter sido escolhida para coroações reais e missas de ação de graças, a obra passou a ser conhecida, a partir do século XIX, como Missa da Coroação, nome singularmente apropriado para uma música tão otimista e cheia de luz.

Uma palavra para definir a Segunda Sinfonia de Johannes Brahms: serenidade. Depois de quase uma vida para conseguir compor uma primeira sinfonia, pouco mais de dois anos foram suficientes para que a Segunda estivesse terminada e estreada. Talvez por isso a serenidade que perpassa os seus quatro movimentos, mesmo quando a música rememora a dança ou se joga à celebração que a leva aos últimos acordes. Não havia mais nada a provar, agora que o direito de pertencer à tradição sinfônica que vinha de Beethoven estava garantido. De tão tranquila, a Sinfonia se permite até uma lembrança da Canção de Ninar, Op. 49, nº 4, que, com toda a sua simplicidade, é uma das composições mais celebradas de Brahms. Serenidade e simplicidade: aí está a Segunda Sinfonia.

PROGRAMA

TEMPORADA OSESP: ORQUESTRA, CORO, ALEXANDER LIEBREICH E SOLISTAS
ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORO DA OSESP
CORO ACADÊMICO DA OSESP
ALEXANDER LIEBREICH regente
LINA MENDES soprano
LUISA FRANCESCONI mezzo soprano
PETR NEKORANEC tenor
LUDWIG MITTELHAMMER barítono
Wolfgang Amadeus MOZART
Ave Verum Corpus, KV 618
Missa em Dó Maior, KV 317 — Da Coroação
Johannes BRAHMS | Sinfonia nº 2 em Ré Maior, Op. 73 

SERVIÇO 

28 de abril, quinta-feira, às 20h30

29 de abril, sexta-feira, às 20h30 — Concerto Digital

30 de abril, sábado, às 16h30

Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16

Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares

Recomendação etária: 7 anos

Ingressos: Entre R$ 25,00 e R$ 230,00

Bilheteria (INTI): neste link