Os principais tipos de hepatites virais e como preveni-las
Campanha Julho Amarelo reforça a importância da vacinação e de cuidados básicos do dia a dia para evitar o desenvolvimento da doença
- Data: 22/07/2024 11:07
- Alterado: 22/07/2024 11:07
- Autor: Redação
- Fonte: Dasa
Vacinação
Crédito:Fabio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil
As hepatites virais são responsáveis por alguns dos danos mais comuns que prejudicam a saúde do fígado. Alguns tipos tendem a melhorar por meio da adoção de repouso, porém outros, quando não tratados de forma adequada, podem evoluir para complicações ainda piores e resultar em doenças complexas, como a cirrose e o câncer hepático. Nesse cenário, a prevenção é a melhor forma de evitar o desenvolvimento desse tipo de condição.
De acordo com a dra. Luísa Chebabo, infectologista dos laboratórios Sérgio Franco e Bronstein, que fazem parte da Dasa, os tipos mais comuns de hepatite viral são divididos pelas classificações A, B, C, D e E. Cada um deles é causado por espécies de vírus e circunstâncias diferentes e, consequentemente, têm métodos de transmissão e prevenção distintos.
“A hepatite A, por exemplo, é causada pelo vírus HAV e, geralmente, é transmitida pelo consumo de água, líquidos ou alimentos contaminados com fezes de uma pessoa infectada. Para prevenir esse tipo da doença, é importante tomar a vacina da hepatite A, além de higienizar bem as mãos antes e depois de ir ao banheiro, lavar e desinfetar frutas e verduras e consumir apenas água potável e alimentos bem cozidos, de procedência conhecida”, detalha a dra. Luísa.
Já o tipo B é causado pelo vírus HBV e pode ser transmitido pelo contato com sangue, sêmen ou outros fluidos corporais de uma pessoa infectada. Nesse caso, a vacina contra a hepatite B é essencial para evitar da doença, além da adoção de práticas sexuais seguras, sempre com o uso de preservativos, e o não compartilhamento de agulhas.
Segundo a dra. Luísa, a hepatite C se desenvolve com base na infecção pelo vírus HCV e sua forma de transmissão é semelhante à do HBV: por intermédio do contato sexual desprotegido ou com sangue contaminado. Evitar o compartilhamento de agulhas e de outros equipamentos de uso pessoal da mesma natureza, como lâminas de barbear, é muito importante para prevenir a hepatite C, além da utilização de preservativos durante a prática sexual. Como não há vacina contra a hepatite C, a prevenção por meio dessas práticas se torna a principal forma de evitar a doença.
“Temos também a hepatite D, que é um tipo que pode ocorrer em pessoas infectadas pela hepatite B. Isso acontece porque o vírus HDV precisa do HBV para se replicar no organismo do paciente”, explica a infectologista. E reforça: “A prevenção dessa forma de hepatite depende dos cuidados para evitar a hepatite B. Ou seja, por meio da imunização contra o tipo B e das práticas seguras em relação ao sangue, aos fluidos corporais e ao comportamento sexual, a pessoa se previne contra o tipo B e também o tipo D.”
Por fim, a hepatite E é causada pelo vírus HEV e, geralmente, é transmitida de forma semelhante à hepatite A, ou seja, pela ingestão de água contaminada com fezes infectadas. A prevenção do tipo E envolve medidas semelhantes às do tipo A, como consumir apenas água potável e alimentos seguros, além de evitar viagens para áreas com altos índices de transmissão.
“Sempre que há a possibilidade de vacinação para evitar o desenvolvimento de alguma doença, é fundamental que a população faça essa imunização no tempo indicado e com a quantidade de doses necessárias. No caso da vacina contra a hepatite A, ela é indicada para todas as pessoas a partir de 12 meses de vida e deve ser aplicada em duas doses, com um intervalo de seis meses entre elas”, define a dra. Luísa. “Já a vacina contra a hepatite B deve ser ministrada em três ou quatro doses, a depender da idade. Em crianças, a primeira dose deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida do bebê, com reaplicações subsequentes aos 2, 4 e 6 meses de vida. Em adolescentes e adultos não vacinados, são recomendadas três doses, sendo a segunda aplicada um mês depois da primeira e a terceira, seis meses depois da primeira.”
Caso a pessoa tenha perdido a carteira de vacinação ou não saiba se já foi imunizada, é recomendado que ela peça orientação a seu médico de confiança e, se necessário, tome novamente as doses indicadas.