Orquidário de Santos oferece encontro encantador com corujas
Descubra espécies raras e seus comportamentos em visitas imersivas e educativas
- Data: 14/11/2024 11:11
- Alterado: 14/11/2024 11:11
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de Santos
Corujas
Crédito:Reprodução - Raimundo Rosa/PMS
Um dos destaques do Orquidário de Santos é o habitat dedicado a corujas, que atrai a atenção dos visitantes ao reunir quatro espécies distintas, cada uma com uma história única. Apesar de serem avistadas frequentemente em áreas urbanas, especialmente nas regiões de morros, essas aves ganham especial interesse quando apresentadas juntas em um espaço singular.
Após o encerramento das atividades de um antigo zoológico, o Orquidário de Santos acolheu duas Suindaras (Tyto furcata), também conhecidas como Coruja-da-Igreja ou Coruja-das-Torres. Outras espécies chegaram ao local após serem resgatadas devido a acidentes: duas Corujas-buraqueiras (Athene cunicularia), um Mocho-orelhudo (Asio clamator) e uma Coruja-listrada (Strix hylophila), que foi encontrada com dificuldades de voo causadas por problemas na asa.
As corujas que apresentam sequelas permanentes, que comprometem sua sobrevivência na natureza, encontram no Orquidário um refúgio seguro. Ali, elas são cuidadas em um ambiente controlado e protegido, recebendo toda a atenção necessária para manterem-se saudáveis apesar de suas limitações.
O recinto das corujas no parque, localizado próximo à entrada principal e ao playground, foi projetado especialmente para as aves e ocupa cerca de 30 metros quadrados com uma altura de 4 metros. As corujas fazem parte do programa de bem-estar animal, engajando-se em atividades cognitivas que estimulam a exploração do espaço.
Com hábitos predominantemente noturnos, a maioria das corujas descansa durante o dia. A exceção é a Coruja-buraqueira, mais ativa sob a luz do sol, que cativa os visitantes ao escavar buracos no solo – comportamento que deu origem ao seu nome. Esses buracos servem como ninhos para proteger os ovos durante a incubação; contudo, não há relatos de reprodução no Orquidário devido à ausência de pares reprodutivos da mesma espécie.
Todas as corujas são carnívoras e predadoras naturais, alimentando-se de pequenos mamíferos, roedores e insetos, além de outros animais como anfíbios e répteis. No parque, a dieta delas é cuidadosamente ajustada para se assemelhar à alimentação que teriam em seu habitat natural.
Diferentemente do ambiente selvagem, as refeições das aves no Orquidário são preparadas previamente. A alimentação ocorre ao final do dia, horário em que elas costumam se mostrar mais ativas e podem ser vistas voando pelo espaço.
Ana Beatriz Alarcon, bióloga do Orquidário, sugere visitar o local perto do horário de fechamento para melhor observar as corujas. “Muitas vezes os visitantes passam rapidamente e não percebem as aves. Dedicar tempo para explorar o recinto e aprender sobre as diferentes espécies enriquece a experiência”, afirma.
Durante visitas guiadas para escolas e grupos turísticos, são abordados temas como consciência ambiental e o papel das corujas no controle biológico de pragas urbanas. Além disso, discute-se sobre seus hábitos alimentares e características comportamentais.
Localizado na Praça Washington s/nº, no bairro José Menino, o Orquidário funciona de terça-feira a domingo das 9h às 18h. Os ingressos custam R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada) para estudantes e professores mediante comprovação. Crianças entre 8 e 12 anos têm direito à meia-entrada, enquanto pessoas acima de 65 anos têm acesso gratuito.