Operação Overload atua contra organização de tráfico de drogas com base em Viracopos
Quadrilha tinha alto nível de sofisticação e colaboradores no exterior; dois morrem em confronto com a polícia
- Data: 06/10/2020 10:10
- Alterado: 06/10/2020 10:10
- Autor: Redação
- Fonte: Estadão Conteúdo
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A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta terça-feira (6), a Operação Overload, com objetivo de reprimir organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, com ramificações em diversos estados e no exterior, cuja principal base de atividades é o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo.
Dois investigados morreram após confronto com agentes, diz a PF. As identidades dos suspeitos não foram reveladas pela corporação. Ao todo, mais de 200 policiais federais, 80 policiais militares e seis policiais civis cumprem 44 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de prisão temporária, em quatro Estados do País – São Paulo, Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Norte. Entre os alvos estão 33 homens e duas mulheres.
As investigações tiveram início em fevereiro do ano passado, após a apreensão de 58kg de cocaína, com destino a Europa, na área restrita de segurança do aeroporto de Viracopos. A partir da ação, a PF mapeou a atuação da organização criminosa, identificando lideranças, pessoas relacionadas e o processo utilizado para exportar grandes quantidades da droga, além dos métodos usados para ocultar o lucro obtido com o empreendimento criminoso.
Segundo a PF, a organização criminosa é composta por brasileiros e estrangeiros, sendo que a atuação estrangeira se dá em solo europeu no recebimento da droga. Já os brasileiros são apontados pelos investigadores como principais fornecedores da cocaína e financiadores do esquema criminoso, além de responsáveis pelo aliciamento de funcionários aeroportuários, pela interferência ilícita nas operações de logística aeroportuária e lavagem de dinheiro.
Os bens imóveis, veículos, contas bancárias e empresas já identificados como pertencentes à organização criminosa estão sendo bloqueados e apreendidos nesta terça-feira.
A Polícia Federal frisou ainda que a “sofisticação” da quadrilha também se revelou com seus métodos de lavagem de bens adquiridos com dinheiro do tráfico – aquisição de imóveis, veículos, contas bancárias em nome de terceiros e empresas no exterior.