Operação em Chicago resulta em 956 prisões de imigrantes irregulares sob governo Trump
Operação de imigração em Chicago resulta em quase 1.000 prisões, destacando a intensificação das políticas de deportação nos EUA.
- Data: 27/01/2025 14:01
- Alterado: 27/01/2025 14:01
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:Reprodução
No último domingo, dia 26, agentes federais nos Estados Unidos deram início a uma ampla operação de fiscalização de imigrantes irregulares em Chicago. Essa ação faz parte do compromisso assumido pelo presidente Donald Trump em relação à deportação em massa no território americano.
Durante a operação, conduzida pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE), foram registradas aproximadamente 956 prisões apenas naquele dia. Diversas agências federais colaboraram na ação, incluindo o FBI, a DEA (agência antinarcóticos), o ATF (Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos), além do escritório local da ICE e os Marshals, que desempenham funções investigativas e judiciais.
O Departamento de Justiça dos EUA informou que o procurador-geral adjunto interino, Emil Bove, se deslocou até Chicago para supervisionar as operações, as quais ele caracterizou como uma “emergência nacional”. Em suas declarações, Bove destacou que essa operação integra um conjunto de ações destinadas a “proteger a fronteira, interromper essa invasão e restaurar a segurança na América”. O procurador também fez um apelo às autoridades locais para que cooperem com as medidas e advertiu sobre possíveis sanções contra cidades e estados que não apoiarem a aplicação das políticas mais rigorosas relativas à imigração.
Ainda não foram divulgadas informações detalhadas sobre quantas das prisões ocorreram especificamente em Chicago ou sobre as circunstâncias dos imigrantes detidos. As autoridades locais da cidade afirmaram não ter participação nas operações realizadas pelo ICE.
Em um comunicado, o ICE ressaltou que sua atuação visa garantir a aplicação das leis de imigração dos EUA e preservar tanto a segurança pública quanto a segurança nacional ao afastar indivíduos considerados potencialmente perigosos das comunidades.
A responsabilidade pela fiscalização da imigração recai sob o Departamento de Segurança Interna, que supervisiona o trabalho do ICE. Contudo, o governo Trump prometeu mobilizar recursos adicionais do Departamento de Justiça para intensificar as operações contra imigrantes irregulares.
Tom Homan, indicado como “czar da fronteira” por Trump, declarou que as ações em Chicago focaram na detenção de pessoas com antecedentes criminais que representam uma ameaça à segurança pública. Segundo Homan, entre os detidos estão membros da gangue venezuelana Tren De Aragua, considerada terrorista pelos EUA, além de indivíduos acusados de crimes sexuais.
Homan também confirmou que houve “prisões colaterais”, ou seja, detenções de imigrantes que não eram os alvos principais da operação. Essas táticas foram alvo de críticas por parte de grupos defensores dos direitos humanos, especialmente por serem menos frequentes durante a administração de Joe Biden.
O czar da fronteira acrescentou que outras operações estão sendo realizadas em todo o país e que diversas agências estão colaborando com o ICE para aumentar o número total de prisões. “Estamos investindo pesado nisso; mais recursos significam mais prisões”, enfatizou Homan, destacando que isso resulta na remoção de mais criminosos das ruas.