Oficina de dança e maratona de filmes no CCBB SP marcam o último final de semana do festiv

De sábado até segunda-feira, 9/12, o público poderá acompanhar o último final de semana da nona edição do Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência, que acontece no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, no centro da cidade, desde 27 de novembro. Toda programação tem entrada gratuita – 38 produções de 20 países participantes, com debates e oficinas. As sedes dos CCBBs são acessíveis para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

É o primeiro festival de cinema no Brasil a oferecer acessibilidade para pessoas com deficiência visual (audiodescrição em todas as sessões e catálogos em Braille) e para pessoas com deficiência auditiva (legendas inclusivas nos filmes e interpretação em LIBRAS nos debates). Antes de São Paulo, o evento passou pelo Rio de Janeiro (23 de outubro e 4 de novembro) e Brasília (12 e 24 de novembro). A realização é do CCBB, patrocínio do Banco do Brasil através da lei de incentivo a cultura, com produção da Cinema Falado Produções e direção geral de Graciela Pozzobon.

No sábado, às 13h45, o curta italiano “Uma Abordagem Diferente”, de Gino Ceriachi mostra como um professor e sua turma utilizam uma linguagem alternativa criada especialmente para se comunicarem com Nicole, uma menina “portadora do gene da empatia”. “Festa das diferenças”, de Kate Dangerfield e Amy Neilson Smith, “Parceiro”, dirigido por Espen Bye e “Ver a verdade nos olhos”, de Vesna Marich fazem parte do mesmo programa de curtas. Dois filmes brasileiros integram a programação das 15h30: o curta “WCMX – Faca na Cadeira”, de Loopcius, e o média-metragem “Posso”, de Adama Ouedraogo.  Às 17h15, destaque para “Vidas Inteligentes”, dirigido por Dan Habib e narrado por Chris Cooper. No longa, o premiado ator americano relata uma experiência pessoal: seu filho Jesse – que era tetraplégico e faleceu em 2005 – tinha deficiência intelectual e também enfrentou o sórdido histórico dos testes de inteligência nos EUA. Outros dois jovens também são retratados no filme. Os curtas “Celeste”, e “Moyzee”, ambos dirigidos por Viv Kernick e Kirsty Griffini, também serão exibidos dentro do horário das 17h15. Ainda no sábado, entre 17 e 19h, o público terá a oportunidade de acompanhar a última oficina do evento. A enfermeira, atriz, dançarina e ativista das causas raciais e das pessoas com deficiência Mona Rikumbi faz uma performance /oficina gratuita no hall do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo com o tema “Sant’Água” – os participantes serão convidados por Mona a experimentar a vivência com o toque dos tambores em uma grande roda. O premiado longa brasileiro “Meu nome é Daniel”, de Daniel Gonçalves, encerra as produções do dia, às 19h.

No domingo, 8/12, serão exibidos três longas-metragens em programas separados. São eles: o alemão “Menina de Areia”, de Mark Michel (13h45), “Voy”, dirigido por Maxim Arbugaev, que conta a história da equipe Paraolímpica russa de futebol para cegos e seu primeiro treinador (17h15) e às 19h, “Rei Shimon”, de Ariel Mayrose – longa que segue a batalha pessoal e social de um jovem com síndrome de Down em sua tentativa de comandar um programa na rádio da escola. A produção é israelense e tem classificação indicativa de 14 anos. Mona Rikumbi – responsável pela oficina do dia anterior – também figura nas telas do CCBB com o documentário que retrata sua vida, “Mona – Trajetória de uma mulher negra cadeirante no Brasil”, com direção Lucca Messer. No filme, que integra a programação das 15h30, ela relata as dificuldades de ser mãe solteira e a constante preocupação de criar um filho negro no Brasil.

Na segunda-feira, 9/12, último dia do festival, a sessão das 15h30 traz “Jonathan”, de Kirsty Griffin & Viv Kernick, “No Mundo”, de Alzbeta Hrusovska, e “Peixe de Água Doce (em Água Salgada)”, de Marc Serena & Biel Mauri. O média-metragem “Fecha os olhos e voa”, de Julia Pietrangeli tem exibição agendada para 17h30. E “Quem é o Último?”, dirigido por Siarhei Isakov, marca o encerramento das exibições cinematográficas do festival. O filme começa às 19h30 e retrata um projeto teatral no qual crianças com e sem autismo atuam juntas no palco, mostrando como os professores trabalham e como conseguem unir crianças com diferentes necessidades emocionais, físicas e mentais.

Depois de assistirem 38 produções em 12 dias na programação carioca (23 de outubro a 4 de novembro), os jurados da 9ª edição do Assim Vivemos anunciam as produções premiadas com o troféu criado pela artista cega Virginia Vendramini. Já a obra escolhida pelo voto popular será conhecida ao fim da edição paulista do evento, após a soma dos votantes das três cidades nas quais o festival é realizado: Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo. As produções premiadas foram: o longa suíço “A Jornada”, de Fanny Bräuning, o longa americano “Vidas Inteligentes”, de Dan Habib; o média-metragem israelense  “Rei Shimon”, de Ariel Mayrose; o média-metragem espanhol “Peixes de Água Doce (em Água Salgada)”, de Marc Serena & Biel Mauri e média-metragem indiano “Lágrimas Vermelhas”, de Tharindu Ramanayaka, escolhidas nas categorias ‘Relacionamento’, ‘Transformação’, ‘Experiência’, ‘Representatividade’ e ‘Retrato’, respectivamente. Dois longas-metragens receberam menção especial do júri, o brasileiro “Meu nome é Daniel”, de Daniel Gonçalves, e o alemão “Menina de areia”, de Mark Michel. Os membros do júri são pessoas com deficiência, artistas e profissionais ligados ao tema e, em cada edição, o júri cria novas categorias de prêmios, a fim de destacar as qualidades específicas dos filmes premiados.

Para conferir a programação completa do Assim Vivemos, acesse: http://www.assimvivemos.com.br/2019/pt/programacao-sao-paulo/
Serviço:
Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência
27 de novembro a 9 de dezembro de 2019
Entrada Gratuita
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – CCBB SP
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro. São Paulo -SP
Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô
(11) 3113-3651/3652 | Todos os dias, das 9h às 21h, exceto às terças.
[email protected]
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Acesso e facilidades para pessoas com deficiência | Ar-condicionado | Cafeteria e Restaurante | Loja
Estacionamento conveniado: Edifício Zarvos – Rua da Consolação, 228.
Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô.
Valor: R$ 14 pelo período de 6 horas.
É necessário carimbar o ticket na bilheteria do CCBB.