Obras restauradas do 8/1 começam a chegar ao Palácio do Planalto

Acervo danificado em atos golpistas será devolvido em cerimônia

  • Data: 07/01/2025 08:01
  • Alterado: 07/01/2025 08:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil
Obras restauradas do 8/1 começam a chegar ao Palácio do Planalto

Crédito:Wallisson Breno/Audiovisual/PR

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No dia 8 de janeiro, data que marca o segundo aniversário dos eventos antidemocráticos ocorridos em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva presidirá uma cerimônia no Palácio do Planalto para homenagear as vítimas e repudiar os atos golpistas que abalaram a democracia brasileira. O evento incluirá a reintegração de 21 obras de arte que foram vandalizadas durante a invasão ao palácio, além de uma sessão pública com a presença de autoridades e uma atividade popular conhecida como Abraço da Democracia, que ocorrerá na Praça dos Três Poderes.

Na segunda-feira (6), começaram a chegar ao Planalto as primeiras obras totalmente restauradas do acervo presidencial, sendo acompanhadas por agentes da Polícia Federal. Segundo Rogério Carvalho, arquiteto responsável pela Diretoria Curatorial dos Palácios Presidenciais, cinco obras foram entregues nesse dia. Entre elas está “As Mulatas“, de Di Cavalcanti, uma pintura de grande dimensão, que foi danificada com múltiplos furos durante os tumultos.

Outra peça significativa recuperada é a escultura “O Flautista“, de Bruno Giorgi, que foi quebrada em quatro partes e agora está restaurada. Um ídria italiana, um vaso cerâmico do Renascimento, também foi reconstituída após ser despedaçada na invasão. Adicionalmente, a escultura “Vênus Apocalíptica Fragmentando-se”, da artista argentina Marta Minujín, e “Galhos e Sombras“, do polonês naturalizado brasileiro Frans Krajcberg, também foram devolvidas ao acervo.

As obras restauradas foram transportadas pelo acesso principal do Palácio do Planalto devido à limitação de espaço nos elevadores. Durante a cerimônia desta quarta-feira, Lula descerrará o quadro de Di Cavalcanti no Salão Nobre. Também será reintegrado um relógio do século XVII que foi vandalizado por Antônio Cláudio Alves Ferreira durante os eventos; este objeto histórico foi um presente da corte francesa ao imperador Dom João VI em 1808.

Tanto o relógio quanto sua caixa, ambos destruídos no ato de vandalismo, passaram por um processo completo de revitalização na Suíça, resultado de um acordo formal com a Embaixada daquele país no Brasil.

A recuperação das obras envolveu a montagem de uma estrutura laboratorial inédita no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República. Essa iniciativa resultou da colaboração entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), reconhecida por sua experiência em conservação e restauração. O projeto teve duração aproximada de um ano e nove meses, com investimentos que totalizaram R$ 2,2 milhões destinados à compra de equipamentos e contratação de especialistas.

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  • Data: 07/01/2025 08:01
  • Alterado:07/01/2025 08:01
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