Obra-prima de Hugo Carvana é revisitada por seus realizadores

Confira programação da próxima semana no canal Curta!

  • Data: 06/08/2020 17:08
  • Alterado: 06/08/2020 17:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Curta!
Obra-prima de Hugo Carvana é revisitada por seus realizadores

Hugo Carvana em dois momentos: em 1972 (na tela) e em 2014

Crédito:canal Curta!

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O filme “Vai Trabalhar, Vagabundo”, de 1973, é considerado um marco do renascimento da comédia no cinema nacional. Produzido no Rio de Janeiro, o longa também marcou a carreira de Hugo Carvana: além de ter sido ator protagonista, ele estreava como diretor de cinema. O filme é um manifesto, debochado e de alma carioca, contra a falsa moral e os bons costumes pregados nos anos de chumbo da ditadura militar brasileira.

Quatro décadas depois, “Vai Trabalhar, Vagabundo” é revisto e comentado por Carvana e outros realizadores do filme no documentário de média-metragem “Éramos Todos Loucos”, a ser exibido no Curta!. Os depoentes integraram a geração do “desbunde”, um movimento de contracultura — formado por artistas, jornalistas e demais intelectuais — que se utilizava da ironia e do escracho para, de alguma forma, enfrentar o autoritarismo vigente.

Em “Vai Trabalhar, Vagabundo”, Carvana vive o personagem Secundino Meireles, o Dino, típico malandro que vive de apostas e pequenos trambiques. “Um personagem adorável (…), rebelde, louco, moleque. E que, ao sair da cadeia, olha pro sol e fala: — Bom dia, professor!”, relembra o ator e diretor, falecido em 2014, durante o documentário.

Ao revisitar esse clássico do cinema brasileiro, “Éramos Todos Loucos” lembra a importância dos momentos de descontração em tempos sisudos, especialidade de Carvana, que agora é levada adiante por seus filhos Pedro e Rita Carvana, diretores do documentário. A exibição é na Quarta do Cinema, 12 de agosto, às 22h30.

Crise da democracia pelo mundo é tema de debate em documentário de Belisario Franca

A democracia representativa vem sendo tema de discussões ao redor do mundo. Sua prevalência como sistema e sua própria definição têm sido colocadas à prova por movimentos sociais e grupos da sociedade civil em nações como Estados Unidos, França, Egito, Ucrânia e Brasil. Nos últimos anos, golpes de estado foram consolidados, governos caíram e outros foram substituídos por alternativas bastante controversas.

Tais dilemas e desafios são tema do documentário “O Paradoxo da Democracia”, do diretor Belisario Franca (“Soldados do Araguaia”/2018, “Amazônia Eterna”/2014), a ser exibido no Curta!. Produzida pela Giros Filmes, o longa foi viabilizado pelo canal através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A exibição é na Sexta da Sociedade, 14 de agosto, às 22h30.

Segunda da Música – 10/08

22h30 – “Simonal — Ninguém sabe o duro que dei” (Documentário)

O documentário narra a trajetória impressionante do ex-cabo do exército que fez grande sucesso na música e acabou condenado ao ostracismo por um delito do qual jurava ser inocente. Por meio de depoimentos de amigos, inimigos e, principalmente, de imagens das exuberantes performances do artista, o filme mostra respostas que nunca apareceram. Simonal era informante da ditadura? Era favorável aos militantes? Ou seu maior crime foi ser negro, milionário e símbolo sexual num país e numa época racistas? Diretores: Cláudio Manoel; Mical Langer e Calvito Leal.  Duração: 84 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 11, terça-feira, às 02:25 e 16h30; 12 de agosto, quarta-feira, às 10h30; 15 de agosto, sábado, às 10h35; 09 de agosto, domingo, 18h.

Terça das Artes – 11/08

18h40 – “Arqueologias, em Busca dos Primeiros Brasileiros” — Episódio “Amazônia 10 Milhões”

Engana-se quem acha que a maior floresta tropical do planeta sempre foi um mundo desprovido de civilização. Escavações ao longo da bacia amazônica vêm hoje desmentir a velha ideia do paraíso intocado e puro. Há milhares de anos, muita gente vivia na Amazônia. Gente que conseguiu a proeza de tirar riquezas e sustento da terra, manejando terrenos e transformando seu mundo sem destruí-lo. Diretor: Ricardo Azoury Duração: 45 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 12 de agosto, quarta-feira, às 04h30 e às 12h35; 13 de agosto, quinta-feira, às 06h30; 15 de agosto, sábado, às 05h; 16 de agosto, domingo, 01:00h.

Quarta de Cinema – 12/08

22h30 – “Éramos Todos Loucos” (Documentário)

Os realizadores da comédia “Vai trabalhar, vagabundo”, de 1973, reveem e comentam, 40 anos depois, o filme-manifesto mais oblíquo, suingado e debochado dentre vários que aquela geração produziu contra a falsa moral e bons costumes do autoritarismo vigente. “Vai trabalhar vagabundo” criou para os censores da época uma dificuldade ao se verem diante de uma expressão da alma carioca, encarnada no genial personagem Secundino Meireles, o Dino, eternizado na interpretação de Hugo Carvana. O ator, formado na chanchada, dirigiu um filme emblemático, que representou o renascimento da comédia carioca, como seus amigos contam nos depoimentos gravados para este documentário, realizado pelos filhos de Carvana. Diretor: Pedro Carvana e Rita Carvana. Duração: 49min. Classificação: 14 anos. Horários alternativos: 13 de agosto, quinta-feira, às 2h30h e 16h30h; 14 de agosto, sexta-feira, às 10h30; 15 de agosto, sábado, às 12h10; 16 de agosto, domingo, às 19h45.

Quinta do Pensamento – 13/08

21h – “Pessoas — Contar para viver” (Documentário)

E se existisse um museu que, em vez de abrigar objetos materiais, coletasse e expusesse as histórias de vida de pessoas, famosas ou anônimas? Pois essa é a missão do Museu da Pessoa, que mantém, na internet, um rico acervo com mais de 18 mil depoimentos e cerca de 62 mil fotos e documentos. Convidados pela fundadora do museu, Karen Worcman, e pela produtora Minom Pinho, cinco documentaristas — Marcelo Machado, Marco Del Fiol, Pedro Cezar, Tatiana Toffoli e Viviane Ferreira — mergulharam nessas histórias de vida, como a de Amir Klink, que cruzou o Atlântico numa canoa, ou a de Tula Pilar, empregada doméstica que se tornou poeta. Desse material, nasceu o documentário “Pessoas — Contar Para Viver”, que retrata a vitalidade dos brasileiros e também as desigualdades que marcam a nossa sociedade. Diretor: Marcelo Machado, Marco Del Fiol, Pedro Cezer, Tatiana Toffoli e Viviane Ferreira. Duração: 90min. Classificação: 10 anos. Horários alternativos: 14 de agosto, sexta-feira, à 01h e às 15h10; 15 de agosto, sábado, às 13h10; 16 de agosto, domingo, às 20h24

Sexta da Sociedade – 14/08

22h30 – “O Paradoxo da Democracia” – (Documentário)

Na última década, democracias tão distintas quanto Brasil, EUA, França, Egito e Ucrânia foram tomadas por protestos de rua que tiveram, como elemento unificador, a insatisfação com a política tradicional. Todos os seus governos caíram, seja pela força ou por vias constitucionais. Ainda assim, a crise continua viva e produzindo resultados que deixam o mundo inteiro perplexo. “O Paradoxo da Democracia” é um documentário que se debruça sobre essa perplexidade, trazendo análises de intelectuais e atores políticos como Steven Levitsky, Jacques Rancière, Juan Carlos Monedero, Angela Alonso e Yascha Mounk, entre outros. Diretor: Belisário Franca. Duração: 70 min. Classificação: 14 anos. Horários alternativos: 15 de agosto, sábado, às 02h40 e 15h; 16 de agosto, domingo, às 22h30; 17 de agosto, segunda-feira, às 16h30; 18 de agosto, terça-feira, às 10h30.

Sábado – 15/08

21h20 – Coleção Arte Presente em Inhotim (Série) — Episódio “Miguel Rio Branco”

Na mesa de luz de sua casa-ateliê na serra fluminense, o artista apresenta os originais das obras expostas em Inhotim, enquanto revela a centralidade da ideia de montagem em seu trabalho. O programa investiga, ainda, a sua atuação como diretor de fotografia de cinema, momento pouco conhecido de sua trajetória, e sua produção mais recente, marcada por instalações imersivas em que a fotografia perde qualquer protagonismo. Diretor: Pedro Urano. Duração: 52 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 16 de agosto, domingo, às 12h20.

Domingo – 16/08

14h – “O Método” (Documentário)

“O Método” desvenda, interpreta e revela as ferramentas utilizadas por experientes documentaristas na arte e no ofício de representar a realidade. Entre os entrevistados, estão Eduardo Coutinho, Eduardo Vilela Thielen, Inge Altemeier, Joachim Tschirner, Kerstin Stutterheim, Luiz Eduardo Jorge e Silvio Tendler. Diretores: Liliana Sulzbach, Carlos Roberto Franke. Duração: 80 min. Classificação: Livre.

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